Vítor Paneira, treinador do Varzim, deixou vários recados internos após o triunfo sobre a Sanjoanense, pedindo "mais profissionalismo" em redor da equipa alvinegra
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Os poveiros venceram a Sanjoanense, por 2-1, quebrando uma série de três jogos sem vencer e recuperando o terceiro lugar na Série A. Os golos foram marcado por Joca e Rui Areias, tendo Marcelo Santos descontado para os forasteiros. No final do encontro, em conferência de imprensa, o treinador varzinista fui curto na análise à incidências da partida, mas grosso ao revelar as dificuldades que tem sentido na gestão do seu trabalho, prometendo "partir pedra" numa reunião com o o diretor geral, André Geraldes
Como vão encarar as três semanas de paragem no campeonato?
"Estas próximas três semanas não serão de relaxamento, mas são, sim, para analisarmos o que temos de fazer à volta da equipa. Temos de ser muito mais rigorosos e muito mais sérios naquilo que estamos a fazer. Estamos num grande clube e não podemos estar neste projeto de forma leviana, temos de estar a 100 por cento. Estou a 100 por cento desde que cheguei, a minha equipa técnica está, os jogadores estão e acredito que muita gente da estrutura também esteja, mas é preciso reunir outras condições à volta da equipa. Temos de ser muito mais sérios e muito mais profissionais. O André Geraldes (Diretor Geral) já falou comigo e já concordou que temos de partir para este caminho. Não faz sentido algumas coisas que se passam e é melhor ser agora do que estarmos aqui a tapar o sol com o Paneira e não com a peneira. Não vinha com a intenção de ser muito agressivo no bom sentido, como normalmente era nos meus discursos, mas vou ter que voltar, se calhar. a esse tipo de contexto. Vamos ter todos que arrepiar caminho. Estamos no caminho certo, estivemos muito tempo no primeiro lugar, a equipa precisava desta vitória e ganhou, mas quero muito mais que isto. Não estou conformado, não estou contente e terça-feira, se for preciso, vou partir pedra"
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O que o deixa desgostoso com o que se está a passar?
"Há muitos fatores que temos de melhorar junto da equipa e podia revelar aqui meia dúzia deles, mas não o vou fazer sem ter uma conversa com a nossa estrutura. Mas há coisas que não fazem sentido. Temos de sentir que somos uma equipa e quando o somos e temos os nossos objetivos, desde a semente que se põe na relva até ao último pingo de suor que sai de um jogador tem de estar tudo para o mesmo lado e temos temos de nos focar nisso, e não temos de estar aqui focados em coisas que não interessam para merda nenhuma. O Varzim está acima de qualquer pessoa, de qualquer treinador e vamo-nos focar todos naquilo que é importante para o Varzim. Já abordei o André Geraldes, ele concorda plenamente e, a partir de segunda-feira, vamos por algumas regras que são necessárias na equipa e à volta dela".
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Sente que o grupo precisa de ser fechado ao exterior?
"Nós temos um bom grupo de jogadores com muita qualidade, mas ainda não temos um grupo forte. Para se criar um grupo forte, tem de haver uma estrutura que rodeia todos os momentos a equipa para se proporcionar que o grupo seja forte, confiante e acredite naquilo que estamos aqui a lutar. É esse sentido que quero dar ao grupo. Não vale a pena estarmos agora aqui com desculpas. Ganhámos e não estou eufórico, muito pelo contrário. Já estava programado ter esta reunião com a estrutura e vamos tê-la. Já fomos falando sobre alguma coisas, não se foram mudando e vamos ter que mudar a sério. Desde o adepto que não pode ir ao jogo, tem de estar junto da equipa e acreditar em qualquer momento. Nós pedimos desculpa pela merda que fizemos a semana passada (derrota por 3-0 com o Anadia), fomos capazes de ser humildes para dizer que não respeitámos os adeptos, mas quero uma equipa forte, uma equipa à Varzim. Esta equipa não está a jogar como eu quero, não está com alma e nota-se que não está um grupo forte, e tenho de o tornar forte. Só assim é que eu gosto de trabalhar, como fui habituado, e temos de por aqui dentro essas condições".