Sem conseguirem fugir à teia e à pressão contrária, encarnados atingiram mínimos na Liga dos Campeões
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Embalada pela vitória na Áustria, a Real Sociedad voltou a vencer fora de casa, desta feita na Luz, onde secou o Benfica e anulou o futebol ofensivo da equipa de Roger Schmidt. A pressão do conjunto basco foi de tal forma intensa que o campeão nacional teve na terça-feira o jogo com menos passes tentados e também com a pior eficácia na era Schmidt na prova. As águias fizeram 334 passes e apenas completaram 79,9 por cento destes. Números que superam os registos negativos ante PSG (371) e RB Salzburgo (82,7%), respetivamente.
Vendo o opositor rematar mais, como já havia feito o Inter, o campeão nacional fez o jogo na Champions, com o atual técnico, com menos passes e com a pior eficácia. E apostou mais nas entregas longas.
A estratégia do adversário foi de tal forma certeira que a receção à Real Sociedad foi a partida com menos entregas feitas para o último terço. E face às dificuldades para circular a bola, 12,3% dos passes foram longos. Algo nada habitual nas águias e que bate também de forma negativa os 11,3% do encontro com o Paris Saint-Germain na Luz em 2022/23, no qual as águias, apesar do empate, tiveram pouca liberdade.
Com somente 18 ataques posicionais, tal como no 1-1 caseiro com o campeão francês, o Benfica fez desta feita apenas três passes em média por cada posse. O pior registo, já que o anterior eram os 4,3 dessa partida na Luz. António Simões atira: “O Benfica foi encurralado. Não conseguia fazer a ligação no seu jogo.”
Com dificuldades para chegar à baliza de Remiro, o emblema benfiquista viu-se novamente superado pelo adversário no que diz respeito a remates, como havia sucedido com o Inter. Os problemas defensivos são aqui evidentes, até porque na última época, entre os jogos de acesso, da fase de grupos e dos “oitavos” e “quartos” apenas o PSG, na Luz, disparou mais do que a equipa de Schmidt, que teve apenas 61,5% de posse de bola, o terceiro pior desempenho com o atual treinador.