Rashid sente-se em casa: "Acredito muito que o Vizela vai ficar na I Liga muitos anos"
Médio iraquiano considera, na entrevista à revista do clube, que o triunfo no Estoril, foi "muito importante" para não "entrar em ansiedade".
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Numa entrevista concedida à revista do FC Vizela, Osama Rashid explica os motivos da confiança para a reta final do campeonato e promete olhar sempre para cima. O futebol da equipa agrada e a envolvência desta com a cidade e os adeptos também. "É incrível" e "algo que não se costuma ver em Portugal", afirmou o médio iraquiano que chegou ao clube minhoto em janeiro e conta com oito desafios, os últimos cinco como titular.
Chegou há dois meses e meio a Vizela. Que balanço faz desta experiência?
"O primeiro balanço é muito positivo, quer individual quer coletivamente. Estou a gostar muito de estar cá, sinto-me muito em casa. Acho que temos um bom grupo. Equipa técnica, jogadores, direção, estamos todos juntos e somos realmente uma família."
Que tipo de clube e de cidade encontrou?
"Este clube e esta cidade respiram futebol, têm pessoas muito apaixonadas pelo futebol e pelo clube. O que os diferencia é que as pessoas desta cidade apoiam mesmo o clube da cidade, algo que não se costuma ver em Portugal. E isso é único e ajuda muito os jogadores."
Se comparar com aquilo que esperava e o que encontrou, o que mais o surpreendeu?
"Talvez as pessoas serem tão apaixonadas e apoiarem sempre o clube da cidade. A verdade é que jogamos sempre em casa. Foram mais de 300 adeptos ao Estoril, mil ao Boavista e a Paços. Isso surpreendeu-me muito. Diziam-me que a massa adepta era incrível, mas aqui percebi mesmo isso."
O Rashid queria voltar a Portugal ou foi apenas uma coincidência? Quando recebeu o convite do Vizela, de que forma procurou inteirar-se sobre a realidade do clube e com quem falou?
"Já queria voltar para Portugal e deu-se a coincidência do interesse do Vizela. Já conhecia o clube e procurei saber mais e todos falavam bem, desde ex-jogadores a outras pessoas."
Em termos desportivos, como tem visto o desempenho da equipa, quer nos resultados, quer na forma como joga?
"Há muitos jogadores com muita qualidade e percebe-se que vários jogadores já jogam juntos há muito tempo. Percebe-se também a ligação próxima com a equipa técnica."
E o futebol praticado, agrada-lhe enquanto jogador?
"Agrada-me muito a forma de o Vizela jogar, uma identidade bem vincada, também à imagem do nosso treinador. Jogamos sempre com alma, com garra, coragem, somos das equipas que mais remata nesta Liga e isso diz muito da forma como jogamos: sem medo e para a frente."
É possível a equipa celebrar a permanência na I Liga rapidamente ou acredita que vai ser até ao fim?
"Esta vitória no Estoril foi muito importante, essencialmente para ganhar confiança, moral e não entrar naquela ansiedade. Acho que foi muito importante, mas nunca estive preocupado, porque os últimos jogos já jogávamos bem, criávamos muitas ocasiões, merecíamos ganhar. Agora finalmente ganhámos e acredito que vamos celebrar a permanência rapidamente. Agora é só olhar para cima, nós não vamos olhar para baixo. Vamos fazer o nosso jogo. Estamos confiantes e vai dar certo."
E em termos futuros, pode a cidade de Vizela acreditar que vai ter um clube durante muito tempo na I Liga? Até onde o Vizela pode chegar?
"Acredito muito que o Vizela vai ficar na I Liga muitos anos, mas passo a passo. O clube está a crescer, sabe onde quer ir e tem tudo para ficar muitos anos na I Liga. No futuro pode até lutar por lugares europeus, mas passo a passo. Primeiro é a permanência, não vamos pedir já muitas coisas, porque pensar muito à frente nem sempre dá certo. Primeiro esta época, primeiro a permanência. Acredito que vai dar certo."
Já tinha ouvido falar sobre os adeptos do Vizela? Agora que os conhece, que opinião tem?
"A primeira coisa de que me falaram foi deles, disseram-me que eram incríveis. Mas quando vi com os meus olhos, até superaram a minha expectativa. São fundamentais para nós. Jogamos sempre em casa e eles ajudam mesmo a equipa a ter forças extra. Merecem as alegrias que lhes queremos dar. A ligação entre clube, cidade e adeptos é muito boa."
De todos os jogos em que participou, qual foi aquele em sentiu melhor a equipa e aquele em que esteve pior?
"Desde que cheguei a equipa esteve bem na maioria dos jogos. O pior sei bem qual foi, no Santa Clara. Foi para esquecer. Mas bons fizemos vários, com futebol atrativo e muitos remates."
Que promessa pode fazer aos adeptos?
"A minha promessa é que vamos dar tudo para ficarmos na I Liga e dar-lhes umas grande alegria porque eles merecem. Espero que possamos celebrar juntos muitas coisas."
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