Foi suplente nos cinco jogos realizados esta época. Em 2024/25, tinha sido titular nos primeiros cinco. Fábio Roque, que o treinou nos sub-15 leoninos, desliga os alarmes. “Trata-se de um processo natural no futebol profissional. Os jogadores passam por estas fases. Não deixa de ser um miúdo de 18 anos”.
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Não se trata propriamente dito de um apagão, mas Geovany Quenda ainda não atingiu os níveis da época passada. Nos cinco jogos disputados esta temporada não foi titular em nenhum deles, tendo apenas 135 minutos de competição. Ao contrário, na época passada, a da sua afirmação, nas primeiras cinco partidas fez sempre parte das primeiras escolhas, somando um total de 443 minutos de competição e... um golo. É verdade que o arranque na época anterior foi com Rúben Amorim e num sistema de jogo diferente, mas factos são factos e o jovem sportinguista está a jogar menos do que na época transata.
O contraste nos números não é, no entanto, “preocupante”, explica Fábio Roque, treinador de Geovany Quenda nos sub-15 do Sporting.
“Temos de lembrar-nos que não deixa de ser um miúdo de 18 anos. Pensarmos que estará sempre no patamar mais alto é errado. Nem os jogadores mais experientes conseguem, quanto mais um jovem da sua idade”, começou por dizer em declarações a O JOGO, convicto de que o jovem irá ultrapassar esta fase. “Trata-se de um processo natural no futebol profissional. Os jogadores passam sempre por estas fases. Além disso, pode ainda estar num processo de adaptação ao novo sistema implementado por Rui Borges. O treinador também deverá considerar que nesta altura o Geny Catamo está melhor, está a ter mais rendimento”, sublinhou, encontrando até um paralelismo com o rendimento de uma das estrelas do futebol mundial, o extremo do Barcelona, Lamine Yamal: “Acham que o Yamal está a ter o mesmo rendimento que teve na época passada? Eu acho que não. Portanto, parece-me que não há sinal de alarme em relação ao Geovany Quenda. Todas estas fases fazem parte do processo”, comentou.
O extremo dos leões, recorde-se, foi vendido ao Chelsea num negócio que poderá chegar a pouco mais de 52 milhões de euros, mas permaneceu esta temporada em Alvalade por empréstimo do gigante inglês. Fábio Roque entende que o negócio não teve influência nenhuma no rendimento do jogador. “A sua cabeça continua no Sporting, acredito. E se os dirigentes do Sporting entenderam que ele deveria ficar foi porque sabem que esse tipo de coisas não mexem com o jogador”, explicou, continuando: “Ao mesmo tempo, estão convictos de que continua a ter capacidade para crescer e a ajudar a equipa. Julgo que é uma questão de tempo até voltar aos níveis evidenciados na última época. No final da temporada passada também já não apresentava os níveis anteriores. Faz parte do processo de crescimento, como referi.”
Para Roque, o mais importante é que Geovany Quenda continue a dar uma “resposta positiva seja na condição de suplente ou titular”.
“Consideramos sempre que o processo de crescimento está completo, mas claramente não está. Tem apenas 18 anos e ninguém consegue estar sempre a um nível elevado durante a época. Acredito que continue a ter um comportamento exemplar no Sporting”, concluiu.