"Que teria acontecido se algum energúmeno que invadiu o campo tivesse uma faca?"
Declarações do Presidente da SAD do Estoril, Ignacio Beristain Borra, no rescaldo dos incidentes em Chaves. Esteve presente todo o plantel e a equipa técnica na conferência de imprensa desta terça-feira
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Declaração inicial: "Estamos aqui com uma mistura de revolta e orgulho. Revolta porque foi um episódio muito grave para o futebol português e tristeza pelos indivíduos que conseguiram estragar o espectáculo. Obrigaram os nossos jogadores a jogar sem qualquer condição psicológica para o fazer, mas estamos orgulhosos da coragem, do compromisso e do espírito e valores desportivos dos nossos jogadores e funcionários do Estoril. Temos de defender estes jogadores foram atacados e agredidos em um campo de futebol."
Mensagem para Joaquim Evangelista: "Quero agradecer ao Sindicato dos Jogadores, que não deixou de dizer quem foram os agressores e os agredidos. Os nossos jogadores treinam para situações que vão encontrar no ataque, mas não podemos pedir para que estejam preparados para reagir a ataques quando têm o coração a 150 pulsações. Que teria acontecido se algum energúmeno que invadiu o campo tivesse uma faca? Os jogadores de se defender e será que ficávamos com jogadores mínimos para continuar? Se isso tivesse acontecido, será que os árbitros e delegados permitia que continuasse? O jogo não devia ter continuado, é inaceitável …”
Mensagem transmitido por Pedro Álvaro e Marcelo Carné: “Falei com os dois jogadores expulsos no relvado, que só responderam a uma situação de pânico e em legítima defesa, eles pediram para falarem porque as pessoas estavam a contar muitas mentiras. Estes jogadores tiveram uma conduta exemplar e um curriculum exemplar como desportistas. E alguns dos nossos jogadores estão a receber mensagens muito graves e que já foram reportadas à polícia.”
Defesa do Estoril: “O Estoril não vai permitir mais ataques aos nossos jogadores. Vamos tomar as atitudes legais contra quem maltrata os nossos jogadores. Para o futebol profissional português deixo uma exigência. Isto não pode voltar a repetir-se. Precisamos de ser todos mais contundentes, quando condenamos estes atos. Os jogoadores nunca deviam ter sido atacados. Se por acaso voltar a acontecer, que o jogo termine. A segurança, a violência e a verdade desportiva não é um problema só do Estoril, é uma questão que deve preocupar todo o futebol português.”
Procedimentos legais a tomar pelo Estoril: “O Estoril e os seus advogados estão a tratar da situação. Já foi feita uma participação. Consideramos que estamos a fazer o nosso dever sobre a justiça, estes jogadores que estão aqui a acompanhar-me e a dar a cara. Todos sofreram no relvado de Chaves.
Alegadas provocações de Marcelo Carné aos adeptos do Chaves e ao apanha-bolas: “Não houve provocação nenhuma.”
Após a invasão de campo, qual a mensagem transmitido pelo staff do Estoril ao árbitro: “Foram momentos de confusão e difíceis, mas todos na nossa equipa entendiam que não havia condições para continuar o jogo. Segundo as regras de jogo e da FIFA, há duas autoridades que podem suspender o jogo se não houver condições de segurança. A polícia e o árbitro. Têm de assegurar que estão reunidas todas as condições, para que depois os jogadores não sejam agredidos."
Estado de espírito do plantel após os incidentes: “É difícil de digerir quando acontece uma injustiça. Mas os jogadores estão focados e preparados para responder da melhor forma possível.”