Sensibilizados com as palavras de Igor Julião, professores vão a Vizela retribuir o apoio do defesa
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Com o objetivo de lutar pelos seus direitos e, ao mesmo tempo, de homenagear o futebolista Igor Julião, um grupo de professores portugueses vai no dia 13 deste mês ao Estádio do FC Vizela assistir ao encontro deste emblema minhoto frente ao Famalicão, a contar para a 32.ª jornada da Liga Bwin.
"Os professores portugueses têm memória e tencionam apoiar aqueles que os ouvem. Assim, a Missão Escola Pública apela a uma invasão ao estádio do F.C. Vizela no próximo dia 13 de maio para agradecer ao jogador e ao clube o respeito que revelam para com a instituição Escola Pública", lê-se num comunicado do grupo Missão Escola Pública, aludindo às palavras de Igor Julião em defesa da causa desta classe.
João Francisco Silva, um dos 13 integrantes do grupo, é um dos professores que ficou sensibilizado com as palavras do defesa brasileiro. "Quando menos esperávamos, foi de uma atividade como o futebol que surgiu um alerta: 'Atenção que a educação é importante'. Essa foi a mensagem que nos foi dada a todos pelo Igor Julião", disse a O JOGO este membro do Missão Escola Pública, grupo apartidário formado em dezembro de 2022 com o objetivo de defender o carácter público do ensino. "A Escola constrói pontes. Todos somos margem para ligar a Escola Pública. Ajudem-nos a desbravar caminhos" é a égide do movimento que luta pela defesa dos direitos dos professores e da Escola Pública em geral.
Esta organização tem uma postura crítica para com o Governo, que acusa de "tudo fazer para silenciar" a causa em questão, perante um futuro próximo "em que se adivinha uma total ausência de professores qualificados e motivados para exercer o seu papel na Educação em Portugal".
Até agora, realizou duas ações com visibilidade nacional, levadas a cabo com o "objetivo de trazer para a ordem do dia a luta pela dignificação da carreira dos profissionais de Educação": o "Congelamento da Ponte" no dia 20 de março e o "Assalto ao Aeroporto" no dia 22 de abril, ambas com réplicas em diversos pontos do país, ao mesmo dia e à mesma hora, com a última delas a ter repercussão também em Macau e Moçambique.