Líder do Espinho, que pertencia à comissão de clubes do Campeonato de Portugal, diz que a proposta enviada à FPF foi feita "à revelia" de vários emblemas e vincou que as subidas e descidas "só se fazem no campo".
Corpo do artigo
Bernardo Gomes de Almeida, presidente do Espinho, arrasou a proposta que cerca de dez clubes do Campeonato de Portugal (CdP) enviaram anteontem à FPF e que propõe o alargamento da I Liga para 20 clubes, uma II Liga dividida em duas séries de 14 emblemas, um CdP com dois agrupamentos de 12 participantes e a criação de uma prova interassociações composta por 56 clubes em 2020/21.
"Ou anula-se a época ou conclui-se quando for possível, seja em julho, agosto ou setembro. As subidas ou descidas fazem-se no campo. A proposta apresentada favorece alguns clubes que garantiriam uma subida administrativa", afirmou.
Os espinhenses integram a comissão de clubes do CdP, mas vão deixar de o fazer. "Essa proposta foi feita à revelia de todos os outros emblemas. Passaram uma certidão de óbito à comissão; o Espinho não está disponível para mais comissões ou palhaçadas e há outros clubes que pensam o mesmo. Este é um tema muito complexo que não pode servir para chico-espertices", criticou.
NÃO SAIA DE CASA, LEIA O JOGO NO E-PAPER. CUIDE DE SI, CUIDE DE TODOS
Apesar de "concordar" com o alargamento da II Liga, que já estava a ser "pensada" pela FPF, Bernardo Gomes de Almeida diz que a reformulação dos quadros competitivos "só pode ser feita com subidas dentro de campo". "No ano passado estávamos em quarto ou quinto à 25ª Jornada e acabámos em primeiro. Esta é uma altura de união e consciência global. Queremos acabar o campeonato em campo e se não for possível anula-se a prova. Nenhum clube quererá dizer que se aproveitou de uma tragédia com milhares de mortos para subir administrativamente", reiterou. "Se não houver condições para jogar, cancela-se o CdP e todos lidamos com os prejuízos por igual", concluiu.