Presidente da LPFP teme efeitos negativos na atividade desportiva. Promessa de contínua reclamação por "alterações estruturais", a nível financeiro e jurídico, foi feita
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Líder do futebol profissional, que contribuiu com 494 milhões de euros para o PIB nacional, Pedro Proença assumiu, esta terça-feira, "alguma inquietação" pelo eventual chumbo do Orçamento de Estado e o inerente impacto nesta atividade desportiva.
"É com alguma inquietação que vemos aproximar-se a possibilidade de uma crise política em Portugal transversal às várias atividades do país e que pode, mais uma vez, prejudicar e pôr em causa o futuro do Futebol Profissional", escreveu o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), na rede social Facebook.
Denotando que a "indústria" do futebol profissional "não foi contemplada com qualquer apoio" previsto no Plano de Recuperação e Resiliência, composto por fundos europeus, Proença alerta que irá continuar a reclamar "um conjunto de importantes alterações estruturais" para tornar a "atividade mais competitiva internacionalmente".
O presidente da LPFP pretende uma redistribuição "mais justa e equitativa" das receitas das apostas desportivas, a "revisão" dos seguros de acidentes de trabalho dos futebolistas profissionais, a "criação de condições fiscais" em sede de IVA, IRC e IRS e a "reformulação do desadequado" regime jurídico das sociedades desportivas (SAD).
Alvo de críticas por parte de diversos clubes profissionais, a redefinição do Cartão do Adepto será também um dos desideratos de Proença. O dirigente compromete-se a "ajudar a melhorar a sua implementação com a sugestão de propostas necessárias".