Paulo Gomes, presidente do Vitória de Setúbal, mantém a confiança de que a razão está do lado do clube e que vai continuar na I Liga.
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Recurso: "O Vitória está a preparar-se com muito afinco para que na segunda-feira apresentar o recurso no Conselho de Justiça e no TAD, para que possamos devolver a normalidade como deveria ter sido feita, como foi feita nas quatro linhas. Estou confiante, porque os pontos que disseram que não cumpríamos temos fundamentação legal para sobrepor, já tivemos acesso ao registo da Comissão de Auditoria. Estamos na luta na defesa de um clube centenário. Foi o primeiro clube de uma República que defende uma cidade, com gente de trabalho, com gente honesta, como é o Vitória de Setúbal. Temos fundamentos legais para dizer que aqueles três pontos estão cumpridos. Estou tranquilo, mas não quero que o Vitória seja um clube mais fácil por um passado recente, mais fácil para resolver problemas da Liga, isso não vou permitir. Não somos negócio, somos clube."
Houve poucos critérios da comissão? "Quando se organiza uma competição, o orçamento é para a totalidade da época, isto é até às transferências dos jogadores. A covid-19 veio matar estes pressupostos e diminuir a janela, a Liga aumentou 30 dias, o certo é que os campeonatos andaram três meses. Estamos a entregar os pressupostos dentro do campeonato, o que diminui as linhas de hipóteses, com uma agravante que é o estado de calamidade que se vive em Setúbal, legalmente em Setúbal não se conseguem fazer coisas que podem ser feitas noutros pontos do país. Essas pequenas diferenças fizeram com que alguns pressupostos não fossem cumpridos, mas que se estivéssemos noutra zona do país teriam sido, certamente. Não foi por falta de garantias, porque foram todas dadas."
Falta de tolerância? "Nesta casa usam-se os bons exemplos do futebol europeu para trazer para Portugal. O maior organismo que é a UEFA não fez fair-play financeiro, sabem porquê? Porque houve muitas desigualdades entre vários países, não fazia sentido. Se tiramos tão boas notas do que é a Europa, e na Bundesliga que também não fez os pressupostos, nós ainda complicamos mais a janela dos pressupostos. A igualdade aqui não existiu e os clubes que estão mais perto da linha de água orçamental estão a pagar uma fatura que não é devida. O Vitória não foi um deles, cumpriu dentro da legalidade."
Lito Vidigal: "Ele veio fazer quatro jogos, agradecemos o trabalho e a coragem que ele teve em vir ajudar o nosso clube. Sabemos que perante este cenário, não seria confortável da minha parte fazer uma proposta para continuar, porque vamos para o Conselho de Justiça. Neste momento estamos concentrados nisto e depois pensar na próxima semana o que aí vem. Desejo a Lito a maior sorte do mundo, ele merece".
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