Paulo Gomes considerada que o Conselho de Justiça se deveria ter considerado competente para julgar o recurso sadino, que, entretanto, deu entrada no TAD
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O presidente da SAD do V. Setúbal, Paulo Gomes, afirmou hoje, no dia em que arrancaram os trabalhos dos sadinos, que está convencido que a equipa ainda irá competir na I Liga, apesar da decisão de desclassificação para os campeonatos não-profissionais devido ao incumprimento do processo de licenciamento na Liga.
"Estamos a tratar de arranjar um treinador para a I Liga, é esse o caminho", afirmou, a propósito, explicando que não pode fazer uma assembleia geral por indicação da Direção Geral de Saúde e assumiu o processo em tribunal com antigo funcionário, que reclama dívida da SAD, casos que levaram ao veto da comissão da liga no que diz respeito aos licenciamento.
Para tal, a sociedade desportiva já anunciou recurso no TAD - Tribunal Arbitral do Desporto, que inclui, garantiu o dirigente, uma providência cautelar no sentido de travar a decisão da Liga. A mesma terá de ser ponderada pela comissão arbitral a constituir pelo organismo que tutela o futebol profissional, a SAD setubalense e as partes contra-interessadas.
Segundo o Paulo Gomes, "quanto mais depressa se constituir a comissão de árbitros que, no Tribunal Arbitral do Desporto, mais depressa se decidirá", fazendo alusão ao facto de os advogados dos sadinos e a Liga estarem, de momento, a escolher os "juízes" que irão considerar o recurso.
Afirmou, ainda, ser sua opinião de que o Conselho de Justiça, de onde transitou o processo, "deveria ter-se considerado competente" para julgar a contestação do V. Setúbal: "Se calhar, até era mais fácil manter a decisão da Liga. Se não o fez, é por alguma razão. Se achou que o TAD é o órgão competente, está no seu direito".
Admitiu que há um funcionário com ordenados em atraso: "É um processo que está em tribunal". E explicou que os atrasos nos vencimentos nos sub-23 ou noutros departamentos do clube nada têm a ver com o processo de licenciamento para os campeonatos profissionais.
Ao contrário de um recurso no CJ, que tem efeitos suspensivos automáticos, o Vitória de Setúbal terá de requerer, através de uma providência cautelar, a suspensão das decisões da Liga, que desclassificaram os sadinos e o Aves, impedindo-os de jogar nas I e II ligas. Nesse caso, o TAD ponderará se aceita ou não a suspensão dessas decisões.