Vítor Murta, presidente do Boavista, comentou a aprovação do projeto de lei para a revogação do Cartão do Adepto.
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O presidente do Boavista enalteceu a aprovação pelo parlamento, em sessão plenária, do projeto de lei da Iniciativa Liberal para revogar o cartão do adepto, quase três meses após a implementação efetiva.
"Defendi desde a primeira hora - e fui o primeiro a fazê-lo publicamente - que esta lei era absurda e ineficaz. O tempo deu-me razão. Apenas alguns, por teimosia, viram o que ninguém conseguia ver. A fraca adesão ao cartão do adepto era previsível e esta lei só provocou o afastamento dos adeptos dos estádios e bancadas vazias", observou Vítor Murta, numa mensagem publicada no sítio oficial dos axadrezados na Internet.
Com 202 deputados inscritos, a votação teve a abstenção de PSD e PS, à exceção dos socialistas Pedro Bacelar de Vasconcelos, Isabel Moreira, Rosário Gamboa, Tiago Barbosa Ribeiro, André Pinotes Batista, Joana Lima, Carlos Braz e Constança Urbano de Sousa, que votaram a favor, como os restantes partidos com assento parlamentar.
Por seu turno, as propostas de lei lançadas pelo Partido Comunista Português (PCP) e pelo Chega, que visavam a mesma revogação do cartão do adepto, foram rejeitadas.
"Congratulo-me com esta decisão, que peca apenas por tardia. É um dia histórico para o futebol, para todos, mas, sobretudo, para os adeptos, em especial os boavisteiros", concluiu o líder máximo do Boavista, um dos principais contestatários sobre a adoção do cartão no acesso a determinados setores nos estádios.