Japonês já tem estatuto no FC Porto, pelo menos na popularidade. A camisola "10" disparou nas vendas
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Nakajima regressa hoje a Portimão, cidade que o acolheu na chegada a Portugal e que o potenciou para um nível altíssimo, ao ponto de ter sido vendido por 35 milhões de euros para o Al-Duahil (Catar), de onde se mudou para o FC Porto.
Nenhum outro futebolista japonês joga numa equipa com historial tão rico como o FC Porto.
O adversário não é o Portimonense (é o Bétis, às 20h30) e essa é mais uma razão para o carinho que os algarvios lhe vão dispensar, um pouco como aconteceu em Albufeira, na primeira aparição pública do FC Porto ao longo deste estágio algarvio e também na Reitoria da Universidade do Porto, por altura da apresentação dos equipamentos. Não se sabe se o jogador vai repetir os números do Portimonense, mas já se percebeu que se transformou imediatamente num jogador muito popular.
O JOGO procurou confirmar os dados e pode garantir que Nakajima entrou diretamente para o top de venda de camisolas azuis e brancas, juntando aos históricos do clube nesse capítulo, como Danilo, Alex, Pepe ou Corona.
O japonês supera largamente todos os outros novos jogadores (Luis Díaz, Zé Luís, Saravia ou Marcano) e nestes dados a larga maioria das vendas contabilizadas diz respeito à camisola 8 que "Naka" usava antes de Óliver sair. O 10, que por norma é o número preferido dos adeptos, promete fazer disparar ainda mais a cotação do asiático.
É o reforço que mais está a faturar em merchandising, juntando-se aos históricos. FC Porto já estuda parcerias no Japão para explorar o mediatismo do internacional no seu país
Aliás, desde o anúncio da mudança de número já houve inúmeras trocas e compra de novas camisolas. Quanto ao mercado internacional, há de momento vários contactos, alguns até iniciados pelo departamento de internacionalização do FC Porto, tendo em vista parcerias no mercado japonês, porque é cada vez maior a curiosidade em torno de um jogador nipónico que atinge o top do futebol europeu. Nesta altura, nenhum outro atleta daquele país joga numa equipa com historial tão rico como o FC Porto.
Voltando a Portimão, Nakajima tem, realmente, um grande cartel pela cidade, apesar de ter passado um ano discreto no Algarve em termos pessoais. O extremo não era de sair muito de casa, não tem redes sociais ocidentais e prefere passear de carro e parar pontualmente nos sítios que gosta de visitar. Tornou-se fã de sardinhas e bacalhau e frequentava alguns restaurantes da cidade especializados em peixe, mas nenhum de forma preferencial.
Em campo, porém, conquistou todos. Foram 47 jogos, 15 golos marcados e participação em mais 19, entre assistências e penáltis sofridos. Além disso, tinha como hábito ser dos primeiros a dar autógrafos aos mais jovens, pelo que a popularidade foi aumentando de forma exponencial. Para ele, o regresso a "casa", ainda que para defrontar o Bétis, não deixará de ser especial.
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