Na era Pinto da Costa, só quatro laterais esquerdos fizeram mais golos que o nigeriano na primeira época de azul e branco. Não cobra bolas paradas, mas já as soube aproveitar
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A primeira época de Zaidu no FC Porto já conta com dois golos marcados, num registo sempre interessante para um lateral esquerdo e que foi superado por poucos jogadores da mesma posição.
Herança que Alex Telles deixou é pesada, mas até o brasileiro só apontou um golo na temporada inaugural
Com efeito, na era Pinto da Costa (desde 1982/83), só quatro laterais canhotos faturaram mais na época de estreia de azul e branco: Miguel Layún apontou seis em 2015/16, Branco (1988/89) e Fernando Mendes (1996/97) assinaram quatro e Lubomír Vlk (1990/91) registou três.
Para já, todos estão, claro, ao alcance de Zaidu, que ainda só fez 12 partidas pelos dragões e está a assumir uma herança bem pesada deixada por Alex Telles. O brasileiro é, tão só, o defesa mais goleador da história do clube, com 26 disparos certeiros, mas só um remonta à época de batismo no Dragão, em 2016/17.
Alex Sandro (2011/12), Álvaro Pereira (2009/10) ou Nuno Valente (2002/03) são exemplos de outros laterais esquerdos de boa memória para os dragões que só apontaram um golo na primeira época.
Para o recorde de Telles, muito contribuiu o facto de o agora jogador do Manchester United assumir a cobrança de bolas paradas, especialmente penáltis. Layún, por exemplo, também apontou três dos tais seis golos desde a marca dos 11 metros, assim como Branco era especialista na cobrança de livres diretos.
Zaidu, por enquanto com os mesmos golos que Augusto Inácio (1982/83) e Laureta (1985/86) apontaram, não tem esse tipo de tarefa, mas é uma das armas para responder às bolas paradas. Foi assim, aliás, que o nigeriano de 23 anos se estreou a marcar, na sequência de um pontapé de canto, em Marselha.
Aos fim de 12 jogos, o nigeriano igualou a marca de Laureta e Augusto Inácio.
Já ameaçou noutras ocasiões e terá, por certo, mais oportunidades, mas anteontem acelerou até à área para finalizar um contra-ataque, no golo que abriu caminho ao triunfo sobre o Tondela.
A contribuição de Zaidu para os golos do FC Porto também passou por uma assistência para Matheus Uribe, no empate (2-2) em casa do Sporting. Reflexos da vocação ofensiva de um jogador versátil, que na carreira já jogou a extremo e a central.
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