Leixões reclama 25 por cento do valor da operação e não cinco. SAD minhota diz estar juridicamente confortável com a decisão.
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A transferência de Tapsoba do Vitória para o Bayer Leverkusen ainda vai dar muito que falar. Isto porque o Leixões e o clube vimaranense não se entendem quanto à participação de cada um no passe do defesa-central, vendido para o quinto classificado da Bundesliga por 18 milhões de euros. O emblema de Matosinhos reclama que tinha 25 por cento dos direitos económicos do jogador, ao contrário dos cinco por cento no entendimento da SAD liderada por Miguel Pinto Lisboa. Sem consenso entre as partes, o caso vai acabar no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD).
Quando Tapsoba viajou de Matosinhos para Guimarães, a meio da época 2017/18, no contrato ficou estabelecido que o Vitória podia exercer até junho de 2021 a opção de compra de mais 20 por cento do passe por um milhão de euros (valor exato, um milhão e 50 mil euros). Ora, de acordo com o clube minhoto, que diz estar juridicamente confortável, essa opção foi exercida e devidamente comunicada ao Leixões, que, por sua vez, refuta por completo esse cenário. Segundo fontes ligadas à administração do emblema de Matosinhos, houve sim negociações com o Vitória para a aquisição de 20 por cento do passe, mas não foram concluídas e os valores não foram liquidados. O Leixões já enviou uma carta à FIFA e ao Bayer Leverkusen a dar conta que, segundo o seu entendimento, tinha 25 por cento do passe.
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Os montantes que estão em disputa são muito significativos. Se a razão for dada ao Leixões, a SAD liderada por Paulo Lopo receberá 4,5 milhões de euros pela transferência de Tapsoba, um autêntico jackpot para o clube da II Liga. No caso de não ter razão, então o encaixe para o Vitória será de 17,1 milhões de euros, respeitantes a 95 por cento do passe. Isto porque a SAD negociou a compra de 25 por cento do passe que estava na posse de Deco por dois milhões de euros, o que faz, naturalmente, descer o encaixe para 15,1 milhões.