Treinador venceu as três edições da prova que disputou, todas ao leme do FC Porto. Alcançando a quarta vitória amanhã, torna-se recordista.
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Entre todos os treinadores que orientaram o FC Porto em 130 anos de história, nenhum tem a vitrina azul e branca mais preenchida do que Sérgio Conceição.
São dez os títulos que o técnico natural de Coimbra já conquistou no clube ao cabo de seis épocas completas, um lote para o qual muito contribuíram as Supertaças de 2018, 2020 e 2022.
Esta quarta-feira, o homem do leme procura manter o pleno, apontando à quarta vitória em outras tantas edições da prova, todas no comando portista. Uma espécie de condimento extra a juntar ao já aliciante cariz do clássico com o Benfica, que pode, ainda, colocar Conceição num outro pedestal: o de recordista de triunfos na competição. Chegando ao desejado póquer de triunfos, ganha a dianteira a Artur Jorge, que venceu três, também ao leme do FC Porto.
Há, no entanto, algo que separa os dois treinadores: a percentagem de vitórias. É que, como escrevemos acima, Sérgio venceu todas as Supertaças que disputou. Artur Jorge, por sua vez, ficou-se pela... metade. O antigo técnico participou num total de seis finais, obtendo uma taxa de sucesso de 50 por cento. Um dado que, desde logo, coloca Conceição num patamar à parte, mesmo antes de reencontrar um adversário de boa memória na prova em questão. É que foi contra o Benfica (de Jorge Jesus) que, em 2020, arrebatou a Supertaça pela segunda vez na carreira. Na altura, em tempo de pandemia, o FC Porto bateu o rival por 2-0, com golos de Sérgio Oliveira, na conversão de uma grande penalidade, e de Luis Díaz. Dois anos antes, os dragões tinham batido o Aves por 3-1 e, já em 2022, foi a vez do Tondela tombar (3-0). E há outro ponto a unir as três finais vencidas e a que se segue: todas foram disputadas no Estádio Municipal de Aveiro, palco "talismã" para o treinador portista e para os dragões em si [ver rodapé].
No primeiro compromisso oficial da sétima época no banco portista, Sérgio Conceição procura alcançar o 11.º título no clube do coração. O trono dos troféus já é dele desde a temporada passada, pelo que, agora, resta subir a fasquia. Consegui-lo esta quarta-feira será sinónimo de pleno e de mais um recorde, na prova onde o FC Porto é rei e senhor: conquistou-a 23 vezes.
O adversário de amanhã (20h45) é o campeão nacional em título, com quem Conceição nunca perdeu ao serviço dos dragões em jogos decisivos ou a eliminar. Na globalidade dos 16 confrontos com as águias, o treinador dos dragões soma apenas três derrotas (conta 10 vitórias e três empates) e todas aconteceram em partidas do campeonato. Em encontros referentes a Taça de Portugal (dois), Supertaça (um) e Taça da Liga (um) levou sempre a melhor sobre o rival encarnado. Outro registo que Sérgio espera manter depois do apito final em Aveiro, que seria sinónimo da desejada subida a mais um trono no futebol nacional, dividido, até ver, com o "Rei Artur".