Dois clubes (Nacional e Farense) sobem e dois descem (Cova da Piedade e Casa Pia), porque não está nos horizontes um alargamento; fatias do bolo financeiro estarão também em cima da mesa.
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A Direção da Liga reúne-se esta terça-feira de manhã, por videoconferência, para debater e acelerar o desfecho formal do campeonato da II Liga, que não será concluído por decisão do Governo e das autoridades de saúde.
Segundo apurou O JOGO, além de subidas e descidas por decreto, já que a prova desportiva foi definitivamente interrompida, será ainda debatida a verba do orçamento da Liga canalizada para o apoio aos clubes do segundo escalão. No esboço que existe, Nacional e Farense, os dois primeiros da classificação, serão promovidos; Cova da Piedade e Casa Pia, os dois últimos, são os despromovidos.
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À II Liga, como já se sabe, sobem Vizela e Arouca. Um alargamento está fora da equação e, garantiram a O JOGO, este plano de subidas e descidas por decreto terá a concordância de todos os compõem a Direção da Liga (Presidente da Liga, Pedro Proença; FPF, representada por José Couceiro; FC Porto; Benfica; Sporting; Tondela, Gil Vicente; Leixões e Mafra), à exceção do Cova da Piedade, que é parte diretamente afetada. Aliás, antecipando-se a este cenário que será formalizado esta terça-feira e foi exposto na habitual reunião informal que a Direção da Liga tem às segundas-feiras, os piedenses reagiram em comunicado, anunciando opor-se ao plano e alertando para o que consideram ser uma ilegalidade.
Sustentam, nesse comunicado, que só a Assembleia Geral (AG) da Liga tem competência para uma decisão desta natureza, e nunca a Direção da Liga. Porém, conforme sublinharam outros clubes que O JOGO ouviu, o recente decreto-lei do Governo a conferir às federações e ligas autoridade para aplicarem um regime de exceção na conclusão das provas por conta da covid-19 anulará esse princípio obrigatório dos estatutos invocado pelo Cova da Piedade. À margem do universo restrito de emblemas que compõem a Direção da Liga, há outros clubes descontentes, como Feirense e Estoril, que acalentavam a esperança de subir.
A chave para a resolução pacífica deste imbróglio na II Liga causado pela covid-19 poderá estar nas fatias do bolo de apoio financeiro a distribuir. Nacional e Farense abdicariam das respetivas parcelas, assim como as equipas bês, o que permitiria reforçar a verba para os restantes. São esses os detalhes que, hoje, devem ficar mais claros na reunião formal.