Pinto Lisboa: a saída de Carlos Freitas, Quaresma e os casos de Rafa e Estupiñán
O tempo não apagou a gratidão de Miguel Pinto Lisboa por Carlos Freitas, que, durante 20 meses, foi responsável pelo planeamento do futebol profissional e de formação do Vitória. O presidente do clube entende que o diretor-geral desenvolveu um trabalho meritório e acha que o futuro será revelador.
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Estupiñán e Rafa Soares são casos perdidos para a próxima época por estarem em fim de contrato?
O Vitória tem interesse em manter todos os profissionais que acrescentam valor à equipa. E esses jogadores interessam. Mas posso garantir isto: nenhum diretor, quadro técnico e profissional do Vitória está acima do clube. Todas as decisões são tomadas em função dos interesses do Vitória, esses estão acima de tudo.
Ricardo Quaresma é outro jogador que está em fim de contrato, mas há uma opção de renovação. Atendendo a que não tem figurado entre os habituais titulares, essa cláusula já não será exercida?
O facto de jogar menos vezes não o torna menos importante no grupo. Tem mentalidade vencedora, empenhado e merece o nosso respeito.
Como se tornou possível a contratação do internacional português?
Pela forma como vive o futebol e por ter levado em conta a forma intensa como os nossos adeptos vivem os jogos, o Ricardo entendeu que o Vitória seria o clube certo para dar seguimento à sua brilhante carreira. Houve uma conjugação de vontades, do Vitória e do jogador. Projetou a marca Vitória em todo o mundo. Infelizmente, a pandemia veio alterar um bocado as coisas. Estivemos uma época inteira sem público nos estádios e, por isso, não foi possível tirar o melhor partido da presença do Quaresma no clube.
O que correu mal com Carlos Freitas?
Já falámos diversas vezes sobre o tema. Esta direção tem um projeto para o Vitória no futebol e o Carlos Freitas foi uma peça importante na execução. No decurso do mandato, algumas das opções que tomámos não tiveram o sucesso esperávamos. A responsabilidade disso é desta direção e do presidente. Nunca imputei responsabilidades a um dos elementos do nosso grupo. O líder é que assume essas responsabilidades e estamos longe de fazer o balanço do trabalho de Carlos Freitas. O trabalho dele não se resume a algumas opções que tiveram menos sucesso. Foi uma peça importante no nosso projeto que visou sempre a profissionalização das diferentes áreas do clube e a aposta forte na formação. Quando ele saiu, o projeto continuou e alguns dos frutos que hoje aparecem tiveram início atrás. O Carlos Freitas, como diretor-geral, teve méritos. Se alguma coisa não correu tão bem, foi uma responsabilidade de todos.
As trocas de Romain Correia e João Mendes por Francisco Ribeiro e Rafael Pereira com o FC Porto, estimadas em 15 milhões de euros, levantaram dúvidas às Finanças?
As Finanças não perguntaram nada. O Vitória estava interessado em dois jogadores do FC Porto e, por sua vez, o FC Porto estava interessado em dois jogadores nossos. Procedeu-se então à troca dos jogadores, com uma valorização, sem comissões e fluxos financeiros associados à operação. Mais clubes portugueses fizeram operações idênticas.
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