Presidente do FC Porto volta a lançar duras críticas a propósito do regresso anunciado dos adeptos aos estádios em Portugal.
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Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto, voltou a colocar as instâncias governamentais em ponto de mira a propósito do regresso anunciado do público aos estádios. Na página que assina na edição de julho da revista "Dragões", o líder azul e branco visa o Governo - "A palavra deste executivo vale o que vale" - e a Direção Geral da Saúde (DGS).
"O governo já anunciou há algumas semanas que o público retomaria o direito a assistir aos jogos na nova época, mas a palavra deste executivo vale o que vale. Na verdade, não há qualquer informação sobre como é que isso se poderá processar. O governo diz que pode acontecer, mas que quem dita as regras é a Direção Geral da Saúde. E a Direção Geral da Saúde, como é costume, não dá qualquer sinal de vida (ou de competência...)", começa por atirar Pinto da Costa, que lembra as palavas de Ferro Rodrigues sobre o Bélgica-Portugal do Euro'2020, em Sevilha, para vincar que espera que o futebol "não venha a ser, uma vez mais, o bode expiatório das autoridades". Se for esse o caso, refere o presidente portista, tratar-se-á de "mais um caso intolerável de perseguição aos clubes deste país".
"Numa altura em que a situação pandémica parece agravar-se de novo, esperemos que o futebol não venha a ser, uma vez mais, o bode expiatório das autoridades. Já sabemos que a segunda figura do Estado acha que os portugueses deviam ir massivamente a Espanha ver futebol - e essa declaração não foi um lapso, porque foi proferida e reafirmada, nos dias seguintes, mais do que uma vez", prossegue Pinto da Costa, antes de rematar: "Esperemos que em 2021/22 deixem de ser incitados ao turismo ou à emigração desportiva e possam ver os clubes de que mais gostam também em Portugal. Se isso não acontecer, estaremos perante mais um caso intolerável de perseguição aos clubes deste país."