José Couceiro recorda que chegou ao FC Porto em 2005 com o mercado fechado e em pleno processo Apito Dourado
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Vencer o Nacional, domingo, é o primeiro passo para começar a dar a volta à crise que afeta o FC Porto, mas depois das últimas exibições, o que não falta é quem duvide da capacidade da equipa para tal. "O brio dos jogadores tem de vir ao de cima", atirou José Couceiro, a O JOGO, ele que em 2004/05 substituiu Victor Fernández à 20.ª jornada do campeonato, em situação parecida com a que agora convive José Peseiro. "Quando Pinto da Costa disse que os jogadores tinham até ao final do campeonato para mostrar capacidade para continuar no clube, não foi para os avaliar, porque já os conhece. O que ele tentou foi provocá-los. Ora, José Peseiro tem de fazer isso mesmo: puxar pelo orgulho dos jogadores, porque a capacidade de reação às adversidades depende desse espírito. Sem esse orgulho não vão longe, porque a qualidade técnica, só por si, não chega", explicou-nos o treinador. "Os jogadores têm de ser provocados e perceberem que também jogam o futuro e o seu prestígio, até porque têm a Taça de Portugal pela frente e não podem desistir dela", reforçou.
Puxando a fita atrás, o FC Porto até virou o ano na liderança do campeonato. "Eu cheguei ao FC Porto em fevereiro, com o mercado fechado. Estávamos em pleno processo Apito Dourado, em circunstâncias bem diferentes. Peseiro ainda teve hipóteses de se reforçar", recordou. Mas, pelos vistos, o mal já estava feito. "O FC Porto quebrou em casa, contra o Dínamo de Kiev, comprometendo a Champions. Essa desilusão acabou por se refletir a seguir, porque as expectativas eram elevadas e não se concretizaram, perderam a motivação e não souberam reagir à adversidade", acredita.