ENTREVISTA, PARTE II - Matos Fernandes coloca o falecimento do dirigente como um dos momentos mais difíceis da década para o líder portista. Noutro plano, a situação financeira exigiu "muita coragem" do presidente.
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Na esfera dos momentos mais complicados desde 2012, estão as perdas de pessoas próximas de Pinto da Costa, com Reinaldo Teles à cabeça, refere Matos Fernandes, que não esquece as restrições financeiras a que o FC Porto esteve sujeito.
Recentemente, Pinto da Costa perdeu Reinaldo Teles, um fiel amigo...
- Um duro golpe, com certeza. Sei que sofreu particularmente com a morte do companheiro mais próximo que teve durante tantos anos, o Reinaldo. Era como um "cão de guarda", como o próprio se intitulava. Sofreu muito com a morte do Reinaldo, como tinha sofrido com Pedroto, Paulo de Almeida e com as recentes perdas familiares, assim como Quintana, um grande atleta... Não é fácil para um homem com a sensibilidade do presidente aguentar estes desgostos. Está sempre presente e a longevidade que tem faz com que a vida não seja só feita de alegrias. Nessas situações, chora uma lágrima de saudade, que não é apenas simbólica. Falo fisicamente, não tem vergonha de exprimir a tristeza que lhe vai na alma.
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Com as devidas diferenças, a entrada em cena do fair-play financeiro também terá sido difícil de gerir...
-Esse período terá sido o maior desafio da década para o FC Porto e o presidente. Foram momentos delicados, de muita dificuldade e ainda hoje o clube não pode respirar fundo... A situação financeira já não está tão complicada como há uns anos, a UEFA levantou as restrições, mas não deixo de salientar que até nisso houve uns mais iguais do que outros. O FC Porto e o presidente precisaram de muita coragem. Faltou à UEFA ter a mesma coragem para matulões como o PSG. É uma lição que não podemos esquecer.