No 18.º episódio da série "Ironias do Destino", do Porto Canal, o presidente do FC Porto recorda as contratações de Vítor Baía e Deco em 1998/99, época do "penta".
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Regresso de Vítor Baía ao FC Porto: "Foi um regresso difícil. Não tínhamos sido felizes com a substituição do próprio Baía quando foi para Barcelona. Conseguimos o seu regresso e era uma pedra importante porque estávamos a tentar vencer o penta pela primeira vez e ele era fundamental. Além de ser um histórico foi muito importante na consolidação da nossa defesa para as conquistas que fizemos."
Número 99: "Tem uma história porque o número era o guarda-redes, 12 também inscrito e perguntei-lhe em que ano nasceu. Em 1969, então ficas a 99 que é número mais bonito e fez história porque ainda hoje se vê guarda-redes a usarem esse número. Foi com esse que foi campeão europeu em 2004. Foi um regresso em boa hora para todos."
Contratação de Deco: "Tinha-o visto jogar no Alverca e tinha ficado impressionado, tia enorme talento e previa uma carreira excecional, como viria a ter. Foi dos melhores dessa geração, senão o melhor. O seu empresário, o Jorge Mendes, ficou de tratar da sua vinda. Tinha uma ligação ao Benfica do tempo do dr. Vale e Azevedo, com quem u não tinha relações. O Jorge Mendes conseguiu libertá-lo. Não foi fácil, ainda teve uma passagem pelo Salgueiros por empréstimo do Benfica, onde mostrava cada vez mais o seu talento. Até que chegou a altura de avançarmos e concretizou-se com as autorizações todos, do Benfica, do Salgueiros, do empresário e ele foi assinar a um notário aqui no Porto. Eu estava em Vila Nova de Cerveira. Depois de assinar o Jorge Mendes perguntou-lhe 'então, agora já acreditas que vais para o FC Porto?'. Ele achava que não iam conseguir por causa da ligação ao Benfica. E estava muito ansioso. O Deco respondeu-lhe 'a cem por cento ainda não acredito porque ainda não vi o presidente'. O Mendes telefonou-me a contar isto e eu disse-lhe para o levar a Cerveira que até jantava lá comigo. E assim foi.
Sobre Deco: "Foi fantástico, ele teve um ótima carreira. Lembro-me uma vez de estarmos a jogar no Belenenses, quando o Scolari entrou para selecionador. Tinha-lhe dito, 'nós temos um jogador fabuloso e você vai ver que isto é uma pérola'. Quando acabou o jogo, ele telefonou-me e disse 'presidente, ponha-me esse menino português porque é um génio'. Conseguiu a naturalização e foi importante na Seleção. Estreou-se nas Antas, contra o Brasil e até fez um golo."