Luis Díaz na Copa América multiplicou elogios: da "dor de cabeça" ao "nível superlativo"
Frente à Argentina, o extremo do FC Porto coroou uma grande exibição com um golaço. Não impediu a queda, mas fica a afirmação.
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A Colômbia perdeu com a Argentina, nas grandes penalidades, o acesso à final da Copa América, mas leva alguns motivos para sorrir em desafios futuros: Luis Díaz é um deles, numa conclusão partilhada pela generalidade da imprensa e crítica cafetera.
O extremo do FC Porto apontou o golo do empate (1-1) que se manteve até ao final dos 120", no momento mais alto de uma exibição em cheio. De ângulo morto e quase deitado, apertado por Germán Pezzella, Díaz conseguiu colocar a bola no poste mais distante - fez lembrar o golo que fez ao Benfica, na Supertaça, mas num grau de dificuldade não tão elevado.
No final do encontro, multiplicaram-se as reações positivas e a objetividade dos números patenteou-as. Nem Neymar, nem Messi; o recorde de dribles eficazes num só jogo desta Copa América pertence agora a Luis Díaz, que engatou 11 em 16 tentativas, segundo os dados da Goal Point. No duelo com a Argentina, ninguém levou a melhor em mais duelos (20) e sofreu mais faltas (seis) do que o jogador dos azuis e brancos, que ainda logrou um registo só por uma vez alcançado por um colombiano na Copa América: marcar a Brasil e Argentina na mesma edição. Dada a dimensão da prova, é fácil cruzar caminho com estes dois, aliás, se a Colômbia passasse, jogaria outra vez com o Escrete, que na fase de grupos encaixou um pontapé de bicicleta de Díaz.
O "cafetero" de 25 anos multiplicou os elogios, depois de ter levado a defesa "à loucura". Bateu o recorde de dribles num jogo desta edição e subiu patamares numa equipa em reconstrução
Aos três excertos da Imprensa colombiana que destacamos em baixo, poderíamos acrescentar mais uns quantos elogios à mistura de físico com técnica de Luis Díaz, visto como um "pesadelo" para uma defesa argentina, que "ficou louca" ao tentar travá-lo - outro exemplo foi ter picado a bola por cima da cabeça de Montiel, aos 90"+4". Não obstante, mais do que o brilho no último jogo, fica a afirmação do jogador do FC Porto na seleção.
"Numa seleção carente de figuras, apontavam a Cuadrado, Muriel e Ospina, esquecendo-se de que Luis Díaz foi um dos melhores da época em Portugal. Comprovou-o com um nível excelente na Copa América e, hoje, é uma realidade para a Colômbia", resumiu o jornal "El Deportivo". Este reconhecimento ganha relevância se pensarmos que o extremo estreou-se na prova...com um cartão vermelho, diante da Venezuela. Manteve, contudo, a confiança do treinador Reinaldo Rueda e era difícil ter dado melhor resposta.
Do rescaldo chegam também projeções de voos ainda mais altos na Europa, mas não é algo que, neste mercado, esteja nos planos do FC Porto, que tem em Díaz um dos ativos mais valiosos. Para já, segue-se o 56.º jogo da temporada, na madrugada de sábado, diante do Perú, para definir o terceiro e quarto lugares. No dia seguinte, Marchesín estará na final, no banco da Argentina, se não houver algum problema com "Dibu" Martínez.
Revista de Imprensa
El Tiempo - Uma dor de cabeça
"Desequilibrou sempre, foi uma permanente dor de cabeça para a Argentina, que quase não o conseguiu controlar. Sem dúvida, o melhor da equipa, sobressaiu pela capacidade técnica."
ESPN - Díaz dá esperanças
"Engoliu a ala esquerda com o seu drible e desequilíbrio. Cada vez que agarrou a bola houve sensação de perigo. Travaram-no com patadas e mesmo assim marcou. Dá esperanças para o futuro."
El Universal - Nível superlativo
"Levou a defesa da Argentina à loucura. Anda num nível superlativo e fez um jogaço. Não só marcou, como mostrou enorme categoria. De certeza que chegará em breve a um colosso."