Declarações de Pinto da Costa no último episódio do programa "Ironias do Destino", do Porto Canal. A última temporada em análise, sem esquecer Quintana e o basquetebol.
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26 de fevereiro, morte de Quintana: "Foi um acontecimento trágico. Sempre que perdemos um dos nossos, todos ficam magoados e sem palavras. Só que o Alfredo era um indivíduo especial, transmitia uma vontade de viver, uma alegria e quase uma obsessão pela vitória. Foi um golpe muito grande para todos. Homens como ele nunca serão esquecidos, perdurará na história no clube. Ainda na recente vitória na Taça de Portugal, contra o Benfica, fizemos em conjunto uma promessa de vencer aquele título para que o Quintana fosse também vencedor."
Ficou o espírito: "Sim e prevalecerá para sempre. Há uma frase que ele disse gravada no nosso pavilhão e vai ficar para sempre gravado nos nossos corações. É preciso tratar de quem o Quintana amava e recordar o que ele foi como um exemplo para os jovens."
Basquetebol não acabou bem, críticas sérias à arbitragem: "O que aconteceu foi uma anormalidade incrível. O jogo (final do play-off) estava nos últimos segundos, um árbitro adulterou a verdade desportiva marcando uma falta ao contrário e entregou o título que seria para o FC Porto e foi para o Sporting. Foi uma frustração tremenda e dá-nos que pensar. O nosso dirigente Vítor Hugo disse logo que não valia a pena continuar... O basquetebol é uma modalidade que em Portugal não tem possibilidade de se impor a nível internacional. Se lutamos para ganhar cá e não nos deixam andamos a perder tempo. É uma frustração."
Polémicas também no futebol: "Num momento crucial do campeonato houve essa arbitragem do senhor Hugo Miguel em Moreira de Cónegos que foi anormal. Não vou dizer que fez de propósito, não posso garantir que não fez. Sei que fez, mas não estou a analisar intenções. Todos os técnicos de arbitragem referiram três penáltis por assinalar, é muita coincidência e muito anormal. Não digo que foi por isso que não ganhámos o campeonato, mas que teve influência e nos afetou num momento decisivo é verdade. Foi uma época atípica porque não houve público e para quem tem o apoio que nós temos, é frustrante e desmotivante para os jogadores. Até para quem está presente, como os dirigentes, parece que está num treino, dá um certo amolecimento."
Liga dos Campeões: "Foi por pormenores... Acreditava que podia ir à final e depois da eliminatória com o Chelsea fiquei com mais convicção de que teria sido relativamente fácil. Fomos a única equipa que venceu o campeão europeu. Quando estava 1-0 houve um penálti flagrante que nos podia dar o empate na eliminatória e o árbitro não marcou, parece que passou uma mosca à frente dos olhos e teve de os fechar naquele instante. Mesmo depois de perder 2-0 tivemos força anímica a capacidade para vencer o segundo jogo. Era minha convicção de que podíamos ter ido à final. Há que pensar que, pelo menos, se é que isso é alguma consolação, o campeão europeu só perdeu com o FC Porto."