O líder mais longevo da história ganhou as primeiras eleições há 39 anos e deixa a 15 de distância o segundo mais antigo na Liga NOS. Nos outros clubes foi sempre a somar...
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Cumprem-se este sábado exatos 39 anos desde que Pinto da Costa ganhou as primeiras eleições no FC Porto, então na sequência de um período relativamente conturbado no clube que originou algumas divisões e até a saída do próprio, nessa altura diretor do futebol, e de José Maria Pedroto, treinador, dois anos antes.
Uma conversa com a mãe foi, de acordo com aquele que passou a ser em janeiro de 2017 o presidente mais longevo da história do futebol mundial (ultrapassou o madridista Santiago Bernabéu), absolutamente decisiva para avançar e, já agora, para o FC Porto viver os anos mais dourados de sempre.
Em 39 anos, Pinto da Costa já levantou 63 troféus no futebol profissional e conquistou mais de 1300 títulos em toda a atividade do clube. Em agosto de 2018, contas feitas por O JOGO na maior investigação de sempre a esse nível, eram 1287, mas entretanto somou algumas dezenas entre as várias modalidades e escalões que os dragões têm. Em 39 anos, conheceu também mais presidentes do que ninguém. Só os clubes que atualmente competem na Liga NOS tiveram acima de 125, mais de 10, em média, por clube. E os dados não estão completos, pois Braga e Tondela não têm essa informação disponível online nem responderam às solicitações de O JOGO. Já agora, e antes de retomarmos as contas aos homólogos de Pinto da Costa, recordamos que o líder tomou posse seis dias depois e deslocou-se ao Estoril naquele que foi o seu o primeiro jogo oficial como presidente. Na altura empatou 1-1, antes de conseguir quatro vitórias seguidas até fechar a época. Foi só o prenúncio do que se seguiria...
Depois do FC Porto, o Marítimo é o clube português que, ao longo deste percurso, menos presidentes teve. António Henriques foi o primeiro, Rui Fontes a seguir e, por fim, Carlos Pereira, que chegou em 1997 e por lá continua. A seguir a Pinto da Costa, é ele o mais longevo do futebol português. Mas não o único que conheceu o século XX como líder de um clube. Rui Alves, também madeirense, tornou-se presidente do Nacional mais cedo (1994), mas suspendeu as funções durante um ano (2014 a 2015) para se candidatar à presidência da Liga de Clubes. Regressou, entretanto. Na lista, o Famalicão foi o clube que mais rodou até estabilizar com Jorge Silva. Sim, referimo-nos somente a presidentes de clubes, mesmo que a SAD seja liderada por outra pessoa. A história no Sporting também não foi propriamente pacífica: 13 líderes nestes 39 anos, em média um a cada triénio. Frederico Varandas é, aliás, um dos mais recentes no cargo, só batido por Vítor Murta (Boavista) e Miguel Pinto Lisboa (V. Guimarães). O Benfica estabilizou em 2003 com Luís Filipe Vieira, mesmo ano em que António Salvador assumiu o Braga.