Pinto da Costa e o domínio nos duelos com o Benfica: "Não encontro é explicação para as três derrotas"
São 99 vitórias no total e apenas três desaires nos últimos 20 clássicos. Pinto da Costa quis inaugurar a estátua de Sérgio Conceição no dia 31 porque confiava que seria na ressaca de novo triunfo
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À margem da inauguração do espaço "Tanto Porto", Pinto da Costa concedeu uma entrevista a O JOGO para um balanço de 2021 e a projeção do ano acabado de estrear. Espírito e qualidade da equipa alimentam a esperança do presidente do FC Porto.
Presidente do FC Porto encara o domínio nos duelos com o Benfica com humor e naturalidade
O que significa a apresentação da estátua de Sérgio Conceição neste momento?
-Significa o reconhecimento público do trabalho que o Sérgio Conceição tem feito no FC Porto. É preciso não esquecer que ele ingressou como treinador no nosso clube após quatro anos sem vencermos nada. E ele, com um grupo que teve o seu valor mas não teve qualquer reforço, fez uma equipa lutadora, a jogar bem e campeã. Já conquistou vários títulos - cinco nestes anos -, já teve grandes jornadas europeias e, portanto, entendi que era a altura certa para pormos aqui a sua estátua, porque estão de outros treinadores que também tiveram os seus méritos, se não, não estariam aqui. Mas seria injusto não colocar a do Sérgio [Conceição], porque é uma maneira de modernizar e atualizar o nosso museu.
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Foi a melhor altura para o fazer, tendo em conta como correram os últimos jogos?
-Foi. A Mafalda, que é a responsável pelo museu, até me tinha sugerido fazer depois do jogo da Taça de Portugal, mas disse-lhe que o jogo do campeonato era mais importante e, portanto, ficou logo marcado este dia, porque estava convencido de que, pela forma como a equipa está, voltaríamos a vencer. Não foi marcado agora; já estava marcado antes do jogo [com o Benfica].
A última vitória frente ao Benfica foi a número 99 contra o maior rival, com quem o FC Porto só perdeu por três vezes nos últimos 20 jogos. Como se explica esta superioridade?
-Não encontro é explicação para ter perdido três vezes [risos].
Que expectativas tem para 2022?
-A equipa está bem. Está muito unida, absorveu completamente o que o treinador quer de cada jogador, joga em bloco... Há jogadores que fazem grandes exibições taticamente e que na maior parte das vezes nem são referenciados, jogadores inteligentes e que completam no campo aquilo que o treinador quer. Dou-lhe o exemplo do Uribe, que é uma peça fundamental, segue à risca tudo o que o treinador quer que ele faça, e faz bem. É esse conjunto de estrelas, cada uma com o seu caráter e a sua forma de jogar, que fazem do FC Porto a equipa fantástica que hoje tem.
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Acha que após a vitória do FC Porto frente ao Benfica, que o deixou a sete pontos, a corrida pelo título ficou limitada a duas equipas?
-Já tivemos casos em que estivemos sete pontos à frente ou atrás e houve uma mudança. Mas reconheço que, na teoria, estar a sete pontos de dois adversários é muito mais complicado. Agora, apesar de o Benfica pensar que poderá estar fora da corrida do título - embora no futebol já tenha visto tanta coisa -, ainda está na Liga dos Campeões e espero que aí vá o mais longe possível, para bem deles e do futebol português.
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"Só não fomos melhores na receção ao Liverpool"
O FC Porto chega a 2022 fora da competição da UEFA que lhe é mais familiar. A eliminação da Liga dos Campeões foi encarada com "realismo" por Pinto da Costa. "Foi injusto. Exceto no jogo com o Liverpool em casa, fomos melhores em todos os jogos. Fomos melhores em Madrid, com o Atlético, e em Milão, com o Milan, mas não tivemos aquela ponta de sorte que é necessário e acabámos relegados para a Liga Europa", analisou o presidente, não muito longe dos dois troféus do clube nessa competição. Poderá vir a terceira? "Quando chegar essa altura, vamos encarar a prova com toda a seriedade, tentar ir o mais longe possível e, se for realmente viável, vencê-la. Mas, neste momento, estamos só focados no campeonato."
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