Líder dos dragões explicou como convive com o insucesso e abordou a vitória no campeonato de 1990
Corpo do artigo
Pinto da Costa é o presidente mais titulado da história, mas também já sofreu alguns dissabores ao longo dos 39 anos de liderança do FC Porto. E a forma como lida com a derrota, garante, não é muito diferente do de "uma pessoa normal".
"Fico triste, como é evidente, mas fico imediatamente a pensar que no jogo a seguir temos que ganhar para esquecer essa derrota", explicou, no nono episódio da série "Ironias do Destino", do Porto Canal, embora não seja dos "que se entregam à derrota". "Nem fico a carpir mágoas. Fico triste, como qualquer pessoa ficará, mas começo logo a pensar no jogo seguinte, que é preciso vencer. Se não conseguir esquecer uma derrota, tento pô-la de lado, para não me lembrar, e dedicar o meu tempo a pensar nas vitórias que têm que se seguir", afirmou.
Um dos sucessos que mais lhe deu prazer foi o campeonato nacional de 1990. Os azuis e brancos terminaram a prova com mais quatro pontos do que o Benfica (2.º) e 13 do que o Sporting (3.º) e, com isso, o presidente do clube viu Artur Jorge receber o crédito que, no seu entender, já merecia.
"Esse campeonato tinha um significado especial, porque o Artur Jorge tinha sido campeão europeu, partido para o Matra Racing e regressado ao FC Porto. Para mim, era muito importante vencer esse campeonato, para que se visse que ele não tinha ganho [Taças dos Clubes Campeões Europeus] por acaso e por ter o Futre e o Madjer, mas porque tinha uma grande competência", referiu. "Foi o coroar de carreira do Artur Jorge no FC Porto. Se alguém tinha alguma dúvida da sua grande capacidade e liderança, ganhámos o campeonato folgadamente", acrescentou.