Pinto da Costa, a memória de Pedroto e o tri: "Acontecia sempre alguma coisa..."
O primeiro tricampeonato do FC Porto foi o mote para o episódio da série "Ironias do Destino" sobre 1997. Para Pinto da Costa foi o "quebrar de um enguiço", porque "acontecia sempre alguma coisa" que impedia o tri.
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O tri que teimava em escapar: "Foi um ano muito importante, sobretudo para as pessoas que tinham vivido a perda do primeiro tricampeonato, quando eu era diretor do futebol. Já tínhamos estado quatro vezes à beira de o conseguir, a primeira das quais foi uma anormalidade, perdemos o tri porque o Manaca, jogador do V. Guimarães, fez um golo na própria baliza e, com a vitória nesse jogo por 1-0, o Sporting alcançou o título e nós perdemos o primeiro tri."
Consagração em Guimarães e a memória de Pedroto: "Ao vencermos em Guimarães foi a consagração. Era uma frustração, nós pensávamos que acontecia sempre alguma coisa e, no dia em que precisávamos de vencer para conquistar o tri, fizemos uma grande exibição. Vencemos 4-0 e finalmente quebrou-se o tri. Foi a rampa de lançamento para o penta, ainda hoje o único penta do futebol português. Foi quebrar o enguiço, era um desejo de José Maria Pedroto e que lhe foi sonegado com esse autogolo. Para além da alegria, achei que estava ser dedicado à memória de quem não o tinha conseguido apenas por um fator estranho."