Piccini avalia momento de Palhinha no Sporting: "Não entendia porque jogava tão pouco"
ENTREVISTA PARTE II - Conheceram-se no leão, ainda o médio dava os primeiros passos, com JJ. Ainda assim, garante Piccini a O JOGO, já tinha qualidade suficiente para fazer mais do que sete jogos na equipa principal
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A 27 de fevereiro último, quando o Sporting empatou sem golos no Dragão, saindo com os mesmos dez pontos de distância para o FC Porto no campeonato, João Palhinha, titular indiscutível e um dos capitães dos leões, utilizava as redes sociais para garantir que o líder da competição queria mais, lembrando que ainda há muito caminho pela frente; num dos comentários... Piccini, lateral que a O JOGO não entende, diz, o porquê de o médio ter jogado tão pouco na época em que coincidiram (2017/18).
"Como cresceste, miúdo!", escreveu Piccini
Foram apenas sete jogos - e juntos, coincidiram em campo 14 minutos, na visita à Juventus para a Liga do Campeões (derrota por 2-1).
"Sim, fui comentar a fotografia que colocou no Instagram porque em 2017/18, quando partilhei balneário com ele, via um miúdo que trabalhava muito, cheio de qualidade, mas que tinha poucas oportunidades. É muito bom ver esta evolução, como cresceu - merece o melhor. Aliás, não entendia porque jogava tão pouco, pois era muito bom", atirou o antigo 92 verde e branco, que também falou do guardião do templo, Adán, esse que conhece extremamente bem, dos tempos de Sevilha: "No Bétis já tinha mostrado muita qualidade. Perdeu alguma expressão no Atlético de Madrid, mas também porque era suplente do Oblak, um dos melhores guarda-redes do Mundo. No Sporting voltou a jogar com regularidade e tem sido uma peça fundamental para este percurso, que ainda não acabou. Está a fazer uma grande época".
Fizeram 49 jogos juntos, sempre com o escudo do Bétis, num total de 3695".
O comentário que fez furor: Palhinha publicou uma foto do clássico no Dragão, queria mais que o empate a zeros e recebeu carinho, neste caso de Piccini. "Como cresceste, miúdo!", atirou.
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De Jesus à alma lusitana nas suas veias
Num misto de recordações, Piccini fala a O JOGO sobre a ligação a Portugal, onde chegou pela mão de Jorge Jesus, hoje no comando do Benfica, e de onde saiu para Valência, num negócio que rendeu 8 milhões ao leão. "A minha mulher é portuguesa e a minha filha nasceu aí, em Portugal, ou seja, tenho um grande carinho pelo país, em particular pelo Sporting. Vivi um grande ano, ainda que a invasão a Alcochete tenha sido um final que lamento. Acho, porém, que tenho de olhar para isso como uma pequena mancha numa grande época, na qual tive oportunidade de trabalhar com um grande treinador, Jorge Jesus, com quem aprendi muitíssimo. Continuo apaixonado por Lisboa."