Piccini, agora no Valência, recorda ataque a Alcochete: "Parecia durar uma vida"

Cristiano Piccini é reforço do Valência para a nova época, depois de se transferir do Sporting, onde esteve uma temporada. O lateral italiano elogiou os momentos passados em Lisboa, mas lembra que não podia recusar a proposta vinda de Espanha. "Estava muito bem em Lisboa. Uma cidade muito bonita. A minha mulher é portuguesa, a minha filha nasceu a 21 de dezembro. A família da minha mulher estava a uma hora de casa e depois aconteceu o que aconteceu. Mas também devo dizer que, mesmo sem tudo o que se passou, não podia dizer não ao Valência", destacou em entrevista ao jornal As.

E o que se passou foi, claro, o ataque à Academia do Sporting, em Alcochete. O lateral lembrou o que se passou e diz ainda não compreender. "Foi tudo muito rápido. Estávamos no balneário quando começámos a ouvir gritos, insultos que não posso repetir. Entraram 40 ou 50 pessoas, todas encapuzadas, a atirar tochas. Atacaram alguns, a outros não. Não durou cinco minutos, mas parecia durar uma vida. Não se entende. A temporada não foi espetacular, mas ganhámos um título e tínhamos uma final, estivemos bem na Europa. Perdemos com o Marítimo e ficámos fora da Champions. Entendo que os resultados são importantes, mas este comportamento não é de seres humanos, mas de criminosos", revelou em declarações à Marca.

Sobre o Sporting, Piccini deixa ainda elogios a Jorge Jesus e ao trabalho defensivo que fez com o treinador português. "Ajudou-me a melhorar esse aspeto."