Petit: "Queríamos dois jogadores por posição, mas sabemos a realidade do clube"
Declarações de Petit, treinador do Boavista, na antevisão à receção ao Casa Pia, agendada para as 15h30 de domingo
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Petit perspetivou a receção ao Casa Pia, esperando ver prolongada a série vitoriosa neste início de campeonato, confiando na resposta dos jogadores, mesmo sabendo-se das atribuladas circunstâncias em redor da pantera.
"Temos de ser iguais a nós próprios, o que fizemos foi mérito dos jogadores, há um crescimento de equipa e grupo. Foram semanas de evolução, estamos a aproveitar a base forte que transita da última época. Temos noção das ideias do Casa Pia, só mudaram um ou outro pormenor na forma de defender. Temos de entrar fortes e sermos equilibrados. Crias oportunidades e consentir poucas ao adversário. Será, mais uma vez, um Boavista a lutar pelos três pontos", sublinhou o técnico dos axadrezados, reconhecendo as dificuldades do seu trabalho, sem reforços e com notícias sucessivas de salários em atraso.
"Queríamos ter dois jogadores por posição mas sabemos a realidade que o clube atravessa. Este é o nosso dia-a-dia, estamos a tentar melhorar os jogadores para darem a melhor resposta. O plantel podia ser mais competitivo, eu ficava satisfeito com mais soluções mas acredito muito na evolução dos que tenho", registou, lembrando igualmente a liderança que ocorria na época passada com iguais duas vitórias na abertura da Liga.
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"Foi também à terceira jornada que se deu o empate com o Casa Pia. Mas são épocas diferentes, jogadores diferentes, queremos muito dar seguimento ao bom início de campeonato. Sendo humildes, com pés na terra. Temos feito jogos de muita qualidade, com oportunidades, não obstantes as dificuldades conhecidas por todos. Queremos dar mais uma alegria aos nossos adeptos e a nós", observou Petit, destacando a coesão interna em momentos de inegável aperto.
"Tenho de valorizar o grupo que tenho, do mais novo ao mais velho. Têm sido excecionais, trabalhado muito com foco no treino e no jogo, que é o que podemos controlar. Vamo-nos agarrando uns aos outros e vamos crescendo", elogiou o treinador dos axadrezados, não contemplando qualquer saída do plantel nesta fase, pois o clube está impedido de inscrever novos jogadores.
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"Falei com o presidente que não podemos perder ninguém, o campeonato é longo e sabemos que os ciclos variam, entre positivos e negativos. É preciso um grupo forte para ultrapassar dificuldades. Não há equipas que consigam manter sempre nível elevado", defendeu Petit, partilhando a sua sensibilidade para blindar o grupo aos tormentos salariais.
"Nunca me agarrei às dificuldades, estou preocupado em arranjar soluções. Olho para o campo mas também para o balneário. Conta muito a evolução, a amizade entre todos. Eu tive a experiência de ter sido jogador, tento ser comunicativo com eles e perceber o dia a dia de cada um para poder ajudar. O nosso sucesso está na união de todos os departamentos", situou, dando conta de progressos nas situações clínicas de Abascal e Sasso. "Já começaram a trabalhar mas o Filipe Ferreira também deu boa resposta como central. Vamos ver", atirou.