Declarações de Petit na conferência de antevisão ao jogo com o Farense.
Corpo do artigo
O que o Boavista terá de fazer: “Sabemos do momento em que estamos, nem éramos os melhores no início, nem agora somos os piores. Sabemos que estamos numa fase menos boa e que temos de continuar a trabalhar da mesma forma quando estávamos a ganhar. Compreendo a desilusão destes cinco jogos sem resultados positivos. Não é por falta de atitude nem compromisso. Trabalhamos da mesma forma, sabemos que o Farense vem de duas vitórias seguidas, uma fora de casa e outra em casa. Tem feito golos, bem trabalhada e com um treinador bastante experiente, com jogadores com maturidade e alguns que já trabalharam comigo. Que é composta por um sistema 4x3x3, com boas dinâmicas. Esperamos dar uma boa resposta perante os nossos adeptos, é essa a nossa ambição”.
Motivos para os cinco jogos sem vitórias: “Temos tido jogos diferentes. Perdemos com o Sporting e com o Braga, que são candidatos ao título, mas foram jogos disputados. O do Braga, depois a expulsão do Seba, ficou mais difícil para nós. Com o Sporting tentámos até ao fim. O Famalicão, com quem estávamos a perder por 1-0 e conseguimos dar a volta para 2-1 e depois surgiu o empate. O Moreirense, em que estávamos a ganhar 1-0 e permitimos o empate. Agora este jogo com o Rio Ave, em que não conseguimos fazer um jogo bem conseguido da nossa parte mas trabalhámos e lutámos, tinha avisado que não ia ser um jogo fácil, era um adversário que queria reagir. Tenos de continuar a trabalhar, arranjar soluções. Podia estar a justificar com mas tentamos sempre arranjar soluções para podermos ser os melhores. Sabemos que ia ser e vai ser um campeonato difícil. Não me vou desculpar mas sim arranjar soluções e garantir que os 11 que entrem vão ser para trabalhar e lutar para dignificar a camisola”.
Boavista sofre sempre golos: “Não é só quando falta um jogador em termos da defesa. Tentámos ajustar e se formos ver o que aconteceu desde o jogo com o Famalicão, tivemos de passar o Salvador para trás e adaptar mais um jogador com características diferentes onde já jogou o Bruno Lourenço e agora está a jogar o Watai, onde pode jogar também o Luís Santos. Tentamos ajustar mas são duas posições que estamos a troca. Tivemos de ajustar, não é desculpa, são jogadores diferentes mas procuramos sempre corrigir o que está menos bem, minimizar os erros que têm sido os golos que temos sofrido por um ou outro pormenor. Não me importo de sofrer se fizermos dois. O importante no futebol são os três pontos”.
Chidozie tem feito todos os minutos: “Fez a pré-época connosco e depois foi cedido. É um jogador com experiência, com alguma maturidade, apesar de ainda ser jovem. É um jogador que já teve conhecimentos de outros campeonatos. Está a fazer um bom início de temporada e estou satisfeito com ele, assim como estou satisfeito com toda a gente. É um jogador experiente e que nos tem estado a ajudar”.
Petit chega aos 350 jogos enquanto treinador: “Sinto-me como se tivesse começado. Nesta casa comecei como jogador/treinador, a dar os primeiros passos. Não ambicionava ser treinador de futebol mas depois das circunstâncias comecei a gostar. Nunca tive tempo de trabalhar pormenores e poder evoluir acerca do que é o treino, processo de jogo, foi sempre projeto atrás de projeto. Andei por alguns clubes e consegui sempre os objetivos a que me tinha proposto. É uma marca que me deixa bastante satisfeito, são 350 jogos. Também tenho uma marca muito boa no Boavista, por isso é satisfatória, um treinador com 47 anos ter 350 jogos. Fico satisfeito mas com vontade de ter mais 350 jogos”.
Jogo vai ter dois treinador com mais experiência. Se não deviam ter oportunidades para desempenhar um papel superior: “Falo por mim, o José Mota é um amigo e almoçamos muitas vezes quando temos oportunidade e gosto muito de trabalhar com ele. É um treinador experiente e com uma marca muito vincada no futebol português. Pela experiência que tem... às vezes é a oportunidade, é apostar nos treinadores. Continuo a ser o mesmo, estou a trabalhar nove/dez anos como treinador, vou crescendo e evoluindo. São 350 jogos com projetos diferentes onde muitas vezes era para salvar equipas mas nos últimos anos tenho tentado modificar esses projetos. Aqui o Boavista além do treinador é importante valorizar os ativos, do que se transformam os jogadores. Isso é valorização também do treinador e vou fazendo o meu caminho, estou muito satisfeito por estar no Boavista. Quando tiver oportunidade, se a conseguir, estarei pronto porque também já sou um treinador experiente”.