Treinador do Sporting falou em entrevista à UEFA antes do embate com o Arsenal, na terceira jornada da Liga Europa.
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O Sporting recebe na quinta-feira o Arsenal, em partida da terceira jornada da fase de grupos da Liga Europa e, em entrevista à UEFA, o treinador José Peseiro falou sobre as hipóteses dos leões frente aos "gunners", um dos gigantes do futebol europeu.
"Temos tantas possibilidades de vencer o Arsenal como vice-versa. A motivação estará no auge, vamos delinear bem a estratégia. Ambicionamos ser os primeiros do grupo e temos essa missão, mas sabemos das dificuldades. Tudo pode acontecer", assinalou o técnico, que falou do desafio que encontrou quando chegou a Alvalade, depois de um dos períodos mais conturbados da história do clube leonino:
"Em função do contexto que encontrámos, tivemos de reconstruir uma equipa e elevar os níveis de confiança. Sei que com união, trabalho, profissionalismo e ambição podemos conquistar títulos e as derrotas não nos vão desviar do caminho. Temos uma nova Direção e caminhamos juntos, querendo que se espalhe para todos. Tenho os melhores jogadores do campeonato", atirou Peseiro, que explica o desenho tático que implementou no Sporting e destaca três figuras da presente época: Nani, Raphinha e Jovane.
"O Sporting joga num 4-2-3-1 porque estes jogadores têm esse tipo de características. O Nani é um atleta que evoluiu nos últimos 14 anos. Agora, é mais de posse, enquanto os outros são dois jovens que têm muito para dar e ainda se estão a construir. Têm muito potencial, mas temos a noção de que ainda não têm a maturidade para jogar sempre bem", acrescentou o treinador dos verdes e brancos, que lembrou a ponta final da época 2004/05, em que o Sporting teve a oportunidade de conquistar o campeonato e a taça UEFA em Alvalade, mas acabou a zeros.
"Tinha uma ideia de jogar muito concreta. Éramos muito ofensivos e irreverentes, mas faltou-nos algum equilíbrio defensivo. Os jogadores conseguiam marcar golos e dava gosto ver aquela equipa jogar. Na final da taça UEFA, podíamos ter ganho, mas no futebol as coisas não acontecem como nós queremos. Futebol é futebol... Fizemos coisas muito boas e, apesar de não termos vencido, deixámos a nossa marca", rematou, deixando uma garantia: "Não sou o mesmo José Peseiro. Hoje sou mais treinador, mais estável e com maior equilíbrio ofensivo e defensivo. Evoluí em termos psicológicos, táticos... tenho outras ideias".