Juristas consultados por O JOGO consideram pouco provável que o Chaves perca pontos
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Pedro Macieirinha e Pedro Henriques, juristas especializados em direito desportivo contactados por O JOGO, consideram que a decisão do árbitro de retomar o Chaves-Estoril (2-2), após a invasão de campo, foi legítima. “Existiam três decisões que podiam ser tomadas: suspender o jogo temporariamente, retomá-lo ou acabar a partida naquele momento. O árbitro tomou uma dessas decisões, porque considerou que estavam reunidas as condições de segurança”, apontou Pedro Macieirinha, decisão também validada por Pedro Henriques: “Mesmo que se quisesse fazer um protesto, este teria de ser sustentado com um erro do árbitro, o que não me parece que tenha acontecido.”
Pedro Henriques refere ainda que penalizar o Chaves com a derrota apenas poderia acontecer com base num requisito: “Nas várias disposições regulamentares sobre esta matéria, para que a sanção fosse perda de pontos o jogo não podia ter sido terminado. Ao ter sido reatado, deixa de ter enquadramento”, realçou o jurista, apontando qual a pena provável: “Pode ser penalizado com jogos à porta fechada. Vai depender do relatório dos árbitros e dos delegados.”
Pedro Macieirinha até equaciona a possibilidade de os flavienses perderem pontos, mas deixa uma ressalva: “Se houvesse uma dedução na pontuação do Chaves, não significaria que o Estoril fosse beneficiado com a vitória. Ou seja, será apenas uma subtração de pontos e não será dada a vitória ao adversário.”