Adaptação do extremo-esquerdo a várias posições foi pensada logo à chegada. Conceição começou por experimentá-lo do lado direito e, com a saída de Corona, até o utilizou como lateral num clássico.
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À esquerda, à direita ou no meio, mais à frente ou numa zona mais recuada, Pepê vai aumentando o repertório de posições que pode desempenhar durante um jogo.
Conceição vai movendo o brasileiro pelo relvado em função do que o encontro pede. Em Vizela fez três funções
Depois de em janeiro ter perdido para o Sevilha o "canivete suíço" das primeiras épocas no Dragão (Corona), Sérgio Conceição recorreu ao brasileiro para assumir esse papel e no fim de semana, em Vizela, voltou a movimentá-lo pelo tabuleiro em função do que o encontro pedia e das necessidades da equipa.
O ex-Grémio começou o desafio no vértice esquerdo do losango do meio-campo, trocou de lado (para a direita) com as alterações efetuadas pelo treinador ao intervalo e foi a solução encontrada para render João Mário como lateral-direito no momento do assalto final à baliza vizelense.
A capacidade para desequilibrar a partir de trás de Pepê, que também era uma das características de Corona, contribuiu para Conceição tomar esta opção e a verdade é que o brasileiro abraçou-a sem pestanejar. A abertura do leque de posições do extremo-esquerdo de formação começou assim que chegou. Com Díaz intocável à esquerda, o treinador foi experimentando o jogador natural da Foz do Iguaçu à direita em ensaios realizados com a equipa B no Olival e, mais tarde, na parte final de um ou outro jogo oficial.
45: - São os jogos que Pepê leva pelo FC Porto: 30 na Liga, cinco na Taça de Portugal, quatro na Liga Europa, três na Liga dos Campeões, dois na Taça da Liga e um na Supertaça.
Não obstante as naturais "dores de crescimento", Pepê foi melhorando gradualmente e até levou o treinador azul e branco a arriscar o recuo para lateral em momentos de menor fulgor de João Mário e Bruno Costa. O clássico com o Sporting, da segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal, foi um dos testes mais difíceis que enfrentou nessa posição, mas acabou por ter nota positiva e isso contribuiu para que os dragões tenham atirado para segundo plano o reforço do lado direito da defesa neste mercado.
Dragões apontam para os 70 M€
A "explosão" de Pepê na segunda metade da última época despertou admiradores em Inglaterra, de onde surgiram algumas sondagens nas primeiras semanas do mercado de verão.
Como O JOGO noticiou em junho, o Arsenal chegou a perguntar pelo extremo e até mostrou disponibilidade para chegar aos 40 milhões de euros (M€) para o adquirir. Contudo, a resposta do FC Porto até aqui foi sempre igual e não sofrerá alterações nas últimas duas semanas da janela de transferências: 70 M€ (cláusula de rescisão) ou nada.
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