Pepa sobre o castigo a Maga: "Não percebo este critério, o Vitória tem de ser respeitado"
Pepa, treinador do V. Guimarães, fez a antevisão ao encontro com o Belenenses, marcado para domingo, às 18h00.
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Castigo a Miguel Maga: "Não me quero alongar muito, porque o clube já emitiu um comunicado e concordo com aquilo que foi dito. Há três elementos que podem escrever no relatório do jogo, o árbitro, os delegados e a polícia. Neste caso, houve uma queixa e, normalmente, quando isso acontece, tem de se investigar, ouvir o jogador e ouvir tudo e mais alguma coisa para perceber o que aconteceu. É a mesma coisa que uma pessoa ser julgada sem ser ouvida. Não percebo este critério. O castigo, ok, mas tem de ser investigado e, se tiver de ser castigado, é. Internamente já falámos com o miúdo sobre o que se deve e não deve fazer. Agora, castigar desta forma, para além de me parecer ilegal, não consigo compreender. Temos é de olhar para a frente. Não há o Maguinha, há outro. Agora, o Vitória tem de ser respeitado e, no nosso entender, houve uma falta de respeito. Sou treinador, não sou advogado. Portanto, o caso está bem entregue e não me compete a mim falar muito sobre isso, mas tinha de falar. Já que me perguntaram, falei e não falo mais sobre este assunto."
Reação depois da vitória com o Braga: "Acima de tudo espero que a equipa dê continuidade àquilo que fez. Foi um jogo que ficou para a história, porque quebrámos um ciclo de muitos jogos, mas de nada nos vale se não dermos continuidade a isto. Temos todos noção do crescimento que temos tudo, porque isto é como as crianças e os nosso filhos, que vão crescendo, vão caindo e levantam-se. Nós temos andado numa luta tremenda de exibições. De uma vez por todas, e independentemente de estarmos apenas a pensar em ganhar, temos de ter a atitude que tivemos no último jogo. Isso para nós o chavão de tudo, é base de tudo. Já tivemos mais do que um exemplo de falta de atitude competitiva, mas agora já não temos mais tempo para isso. Podemos errar, falhar um golo, cometer um erro defensivo, mas nunca podemos ir para casa com a sensação que podíamos ter feito mais. E isso já aconteceu muitas vezes."
Pé na chapa: "Se formos iguais àquilo que fizemos, é sinónimo que o conseguimos fazer, e vamos estar muito mais próximos de ganhar o jogo. Sabemos a dificuldade que o Belenenses está a passar, mas há sempre momentos de viragem e a classificação não nos pode dizer nada, temos é de nos agarrar ao jogo com tudo. Temos de ter atitude competitiva e dar continuidade aquilo que foi feito, porque, caso contrário, não valeu de nada. Ganhámos, fica para a história, mas não podemos andar nesta montanha russa. Temos de dar uma resposta dentro de campo já amanhã. Temos de andar sempre com o pé na chapa, com intensidade. Acredito que vai ser um grande jogo, contra uma equipa que tem qualidade para ter mais pontos e que vai agarrar-se ao jogo para sair da linha de água."
Belenenses: "O Belenenses tem jogado em 4x4x2, já jogou com uma linha de cinco, mas independentemente do que vamos encontrar, temos de nos agarrar aquilo que controlamos e temos de pôr os níveis de intensidade e de agressividade no limite. Se isso acontecer, vamos estar muito fortes. Não temos tempo de errar e temos de dar continuidade ao que fizemos no último jogo, caso contrário estamos a esvaziar o balão."
Oscilações: "Não podemos entrar a ver no que dá. Quando a mosca morde dá muito sono. Não temos tempo para isso e nós já. Já perdemos pontos, perdemos jogos e fomos eliminados da Taça de Portugal. São marcas e dores que ficam, mas também acabam por ser dores de crescimento. Não temos tempo de estar com desculpas. Se o Belenenses for melhor do que nós, estamos cá para assumir, não temos é tempo para desculpas. Nem e admito isso. Estamos focados naquilo que podemos fazer e naquilo que controlamos. O nosso foco é só esse."
Baixas em todos os setores: "É algo que tem vindo a acontecer, mas são oportunidades para outros jogadores. Está a ser uma época muito atípica nesse aspeto. Lembro-me que só repetimos o onze duas vezes. É difícil, não é o ideal, mas temos de olhar as coisas pelo lado positivo. É a oportunidade para outros jovens serem lançados com tempo e paciência."
Bruno Gaspar: "Quando ele chegou eu disse que ele tinha, no mínimo, um mês pela frente para estar nas condições para competir a este nível, porque esteve parado muito tempo."