Pepa e o jogo com o Braga. "Vão entrar com onze, portanto, siga para cima deles"
Pepa, treinador do Paços de Ferreira, fez este sábado a antevisão do jogo com o Braga, a contar para a 14ª jornada da I Liga
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Como está a equipa, após a derrota caseira com o Vitória de Setúbal: "Prontos. Prontos e que venha o jogo. Aqui, ninguém se pode esconder de nada. A frustração foi grande, mas está para trás. Se andarmos aqui a lamentar o que está para trás, não saímos disto. Pode parecer esquisito dizer isto, mas, analisando, fizemos um bom jogo, tivemos bola, oportunidades de golo. Agora, fomos infelizes. Foi um golpe muito duro para todos nós, mas, já passou. Estamos numa semana muito importante para todos nós, podemos fazer história no clube e depende de nós. É uma semana muito importante, mas, o foco está todo no jogo de amanhã. Esse, sim, é o mais importante para nós. A equipa está pronta, preparada, e aquele grito de revolta tem de ser dado dentro do campo; acima de tudo, ninguém se esconder do jogo nem do colega e assumirmos aquilo que queremos, que é a vitória."
Preocupa mais defrontar o Braga após a fase de grupos da Liga Europa: "Sinceramente, preocupa-me o Braga como qualquer equipa, em termos de análise, do que temos de identificar. Quem tem medo de perder, vai perder; quem joga para não perder, vai perder; quem pensa pequeno, vai ser pequeno. Não temos margem para pensar no que quer que seja. A nossa margem é: foco total no jogo, seja o Braga, seja quem for. Temos noção das individualidades, do plantel, da forma como jogam, temos noção disso tudo, mas, esse é o nosso trabalho e, sinceramente, temo-lo interpretado. Ainda no último jogo, a quantidade de bolas que ganhámos no meio-campo ofensivo, porque sabíamos daquela forma de sair do Vitória de Setúbal, foi muito bem conseguido, portanto, é continuar e não nos desviarmos, não andarmos aqui ao sabor do vento, desesperados por o que quer que seja. Vamos confiantes de fazer um grande jogo."
Mais pressão: "Não. Temos é de ser nós, a cobrança tem de ser entre pares, entre nós. Temos sofrido golos caricatos, de erros que custam um bocado a aceitar, mas isso... temos de olhar uns para os outros e, em quatro paredes, corrigir as coisas, assumir-nos. Aqui, não há mais pressão nem menos pressão. Temos é de minimizar o erro, limitá-lo ao máximo e continuar com a qualidade que temos tido com bola. Não podemos jogar no desespero nem desviar-nos do que temos feito de bom."
Paços de Ferreira tem o segundo pior ataque e a terceira pior defesa: "Se formos olhar ao que tem acontecido em cada jogo, aí está, cabe-nos minimizar esse tipo de situações. Estamos a falar de situações em que ficamos a olhar uns para os outros a pensar como aconteceram. Mais do que lamentar-nos, há que ter concentração máxima, porque cansa estar ligados o jogo todo, concentrados, e isso temos estado. Depois, têm surgido alguns pormenorzinhos que fazem a diferença. Nós nunca sabemos qual é a bola que vai dar golo, nosso ou do adversário, portanto, temos de desconfiar de tudo. Sobre esses números valem o que valem. O que nos interessa, sinceramente, são os pontos. Os números, com naturalidade, vão ao encontro do que pretendemos, mas, para já, é o que nos interessa menos. Interessa o caminho que temos de seguir, é não nos desviarmos daquilo em que acreditamos e que trabalhamos tão bem, durante a semana e termos a capacidade de ninguém se esconder."
Meta de pontos na primeira volta: "Nenhuma meta pontual. Jogo a jogo, jogo a jogo, jogo a jogo. Não vale a pena estarmos com o objetivo de x pontos. Na minha opinião, era um erro: nós temos de ganhar, seja qual for o jogo. O próximo, temos de ganhar, sempre. Isso faz sentido quando há um objetivo mínimo a alcançar e vai-se reformular com pontos, com algo a alcançar. Nós, aqui, não temos, não vale a pena estarmos com metas de pontos na primeira volta. Não vale, não temos tempo para isso. É jogar para ganhar, com olhos nos olhos seja de quem for, com a nossa estratégia e minimizar o erro. Já disse várias vezes que temos sido castigados com o erro e não temos sido premiados com o que temos feito. Aquilo de que se fala, o que vende, o que sai para fora é o resultado, temos noção disso. Mas, tudo espremido, temos noção do caminho que estamos a fazer. Portanto, vamos embora, continuar com esta qualidade de jogo, a definir melhor as jogadas, ter mais paciência e critério no último terço, e depois, minimizar o erro. Parece simples, a receita, não parece? Temos de a colocar dentro de campo".
Coloca Braga ao nível de FC Porto, Benfica ou Sporting: "Isso é sabido, basta olhar para os últimos anos, para o que têm feito em termos classificativos, de plantel, tudo. Mas, isso a nós... vale o que vale: vão entrar com onze, portanto, siga para cima deles."