Pedrão reforçou o estatuto de pedra basilar no plantel, fruto de um rendimento que coloca no topo da carreira. Central brasileiro acredita que o entrosamento com Park, Relvas e Alemão vai continuar a melhorar, antevendo, também por isso, maior segurança e estabilidade no próximo campeonato.
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"Foi a melhor época da minha carreira!". Em termos sucintos, Pedrão explica desde logo o sentimento que lhe vai na alma, depois de uma campanha em que ajudou o Portimonense a garantir a permanência, reforçando, também, o seu estatuto de pedra basilar no plantel. Aliás, tudo indica que será ele o próximo capitão, depois das saídas de Pedro Sá e Moufi, os homens que habitualmente ostentavam a braçadeira. "Em termos individuais, reconheço que foi uma ótima temporada para mim. Posso dizer que foi a melhor da minha carreira. Alinhei em 33 partidas, ou seja, tratou-se da época em que mais atuei como jogador profissional", atira o central. Além disso, prossegue, "fui o terceiro atleta que mais jogou pelo Portimonense e fico feliz com estes registos, mas a minha ideia é poder contribuir ainda mais na próxima época", confessa a O JOGO.
Pedrão foi, de facto, um elemento preponderante no grupo de Paulo Sérgio, juntando exibições de enorme valia e dois golos ao número de jogos efetuados nesta segunda temporada em Portimão. Tem contrato até 2027 e está satisfeito com os parceiros no eixo da defesa, garantindo que a experiência de Park e a juventude promissora de Filipe Relvas e Alemão ajudam a "criar uma conexão muito boa".
"Já tinha atuado muitas vezes com o Relvas e o entendimento sempre funcionou. Nesta época chegaram Park, Lucas Alves [que, entretanto, saiu] e Alemão, que contribuíram para uma maior coesão no nosso setor defensivo", salienta o brasileiro. "Houve um período para criarmos maior ligação, que resultou em pleno, e não tenho dúvidas de que estaremos mais entrosados e ainda mais seguros e estáveis no próximo campeonato".
Destacando o rendimento do coletivo, que permitiu, com certa tranquilidade, assegurar a permanência, Pedrão dedica também algumas palavras a Fahd Moufi, companheiro de setor e outra referência da equipa, que termina contrato e está de saída. "No Portimonense foi sempre um enorme destaque, com atuações muito boas. Seja na Premier League ou outra liga, acredito que vai continuar a brilhar, mas nós temos elementos para fazer o lugar".
Brilhou no Nacional e rumou logo ao Algarve
Pedrão, 26 anos, chegou a Portugal em 2020 para jogar no Nacional (31 jogos e um golo), emprestado pelo Palmeiras. Deu nas vistas e rumou ao Portimonense, cuja SAD não tardou em adquirir parte do seu passe. Na primeira época fez 31 jogos e nesta 33 (29 na I Liga, um na Taça de Portugal e três na Taça da Liga), marcando dois golos, ao Famalicão e ao Benfica.