Pedido de indemnização do FC Porto aos 12 arguidos da Operação Pretoriano foi aceite pelo tribunal
Juíza Ana Dias, do Tribunal Judicial do Porto, admitiu o pedido de indemnização, de cinco milhões de euros
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A juíza Ana Dias, do Tribunal Judicial do Porto, admitiu o pedido de indemnização, de cinco milhões de euros, feito pelo FC Porto aos 12 arguidos da Operação Pretoriano.
A magistrada admitiu ainda a inquirição das testemunhas arroladas pelo clube e dos documentos juntos ao processo que, assim, irá a julgamento.
O FC Porto considera que os arguidos causaram perdas de receitas, de oportunidades de negócios e de patrocínios, assim como uma quebra de rendimento da equipa que comprometeu o acesso à Champions. Além de danos reputacionais.
O despacho, datado de ontem, quarta-feira, foi emitido pelo Tribunal Judicial do Porto e responde favoravelmente ao requerimento submetido pelos advogados do FC Porto a 30 de agosto de 2024. Agora, a magistrada autoriza ainda a inquirição das testemunhas indicadas pelo clube e a inclusão de documentos anexados ao processo, que seguirá para julgamento.
Segundo a atual direção portista, as ações dos arguidos na Operação Pretoriano resultaram em perdas financeiras significativas, incluindo diminuição de receitas, oportunidades de negócios e patrocínios. Adicionalmente, apontam que houve impacto negativo no desempenho de jogadores e da equipa técnica, comprometendo a qualificação para a Liga dos Campeões. O clube sustenta ainda que tais ações causaram danos à sua imagem pública e geraram medo e constrangimento entre os adeptos.
Com base nos prejuízos estimados, o F. C. Porto exige uma indemnização cível de pelo menos cinco milhões de euros, valor que inclui Fernando Madureira, a esposa Sandra Madureira, o ex-oficial de ligação aos adeptos Fernando Saúl e outros nove arguidos, na sua maioria ligados aos Super Dragões. De acordo com o Ministério Público, os arguidos, liderados por Fernando Madureira, teriam usado ameaças e agressões para intimidar opositores à antiga direção, liderada por Pinto da Costa, durante a Assembleia Geral Extraordinária de 13 de novembro de 2013.