Kostas Pavlidis explica carreira do goleador e compara-o a... Yamal
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Com 20 golos assinados pelo Benfica na temporada até ao momento, Vangelis Pavlidis ganha preponderância e estatuto de águia ao peito, como também conseguiu na Liga dos Campeões, com sete golos apontados, três deles no mesmo jogo e ao... Barcelona. Nada que surpreenda o seu pai, Kostas Pavlidis, que também é um dos seus principais críticos.
Antes de brilhar pelos encarnados, o ponta-de-lança grego destacou-se pelo AZ Alkmaar e, por isso, não foi surpresa para o seu pai o salto para um emblema de Liga dos Campeões. “Tudo foi feito passo a passo. Ele estava a jogar bem em Alkmaar e percebemos que, por isso, seria um alvo para a Champions League. Vangelis também confiava muito nisso. Não foi uma surpresa”, recordou Kostas Pavlidis, em entrevista ao portal grego “Reader”, recuando um pouco no tempo.
“Ele não tem a cabeça nas nuvens, tem os pés bem assentes na terra, sabe bem o que quer”, disse ainda, antes de recordar uma história que se passou quando o goleador atuava pelos alemães do Bochum. “Quando fez os 18 anos, dissemos-lhe que comprasse um carro para ir treinar. Eu disse-lhe para comprar um Golf, ele pensou que era uma marca e depois disse-lhe que era um Wolkswagen. Ele estava mais focado no futebol, não pensava noutras coisas”, referiu o pai do jogador dos encarnados.
Kostas Pavlidis reforça que o seu filho sempre foi alguém “muito focado na bola e muito metódico na perspetiva de tentar evoluir”. “Sempre teve amigos no seio do futebol, bons rapazes. Nunca se esquece onde começou e com quem. Era um miúdo normal, mas com grande apetência para jogar futebol e através do trabalho, conseguiu lá chegar. Yamal [jovem do Barcelona] não nasceu para ser padre. Trabalhou para ser o que é hoje”, comparou.
Curiosamente, e já depois de ter brilhado com dois golos marcados pela Grécia à Inglaterra, em casa do adversário, Pavlidis também se destacou na Champions Leagues com um “hat-trick” assinado pelo Benfica na primeira mão dos oitavos de final da competição milionária. Apesar disso, o seu progenitor, que se assume com o seu principal crítico, não deixa de o corrigir.
“Ele quer ter sempre a minha opinião sobre o seu jogo. Todos vimos o que fez de bem, mas o que temos de fazer em relação ao que não gostámos? Com o Barcelona, no último jogo, eu disse-lhe que ele foi apanhado em fora de jogo três vezes. Ele respondeu que estava a jogar muito adiantado. E eu disse-lhe: 'ok, resolve isso, dá um passo atrás. E também falhaste um golo, o que teria mudado se estivesses um metro atrás? Terias na mesma espaço e o golo teria contado, se tivesses tido mais atenção'”, confidenciou Kostas Pavlidis.