Presidente dos leões garante que o diferendo entre o clube e a Somague não vai atrapalhar a construção do pavilhão João Rocha, cuja inauguração está prevista para março de 2017.
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Pavilhão: "O Sporting contratou a FICOPE para conduzir este processo, quisemos que o concurso fosse com regras claras e definidas, e realmente toda esta situação não é benéfica para o clube. Está entregue ao departamento jurídico. Acho que 99% dos sportinguistas não leram as folhas do comunicado que está no sítio do clube, mas deviam ler, pois, pela primeira vez, um processo é tão claro e transparente. Enquanto cidadão, preocupa-me que haja um processo de intenção a 14 de janeiro de adjudicação de obra, reuniões posteriores, um lançamento público da obra que não é brincadeira, da primeira pedra a 27 de março e só a 2 de abril a Somague interpela a FICOPE a fazer um pedido extraordinário de verba. O programa base do concurso tinha regras. Não podemos achar que cumprir todo é para fazer até chegar à fase de assinar o contrato. Não posso aceitar isso."
"Era impossível mexer no preço, que tinha de ser global, sem descidas nem subidas. Dissemos a verba que tínhamos e que pretendíamos o conceito chave na mão. Não é aceitável, só pela primeira pedra ter sido lançada, que alguém achasse que abandonava o conceito e passava para uma de duas fases, primeiro da escavação, betão e projeto, e depois o Sporting teria de ir à procura de alguém. Não saberíamos quem fechava a obra. O meu compromisso é com os sportinguistas e todas as empresas têm de aprender que o nosso compromisso não é tolhido por ter anunciado A, B ou C. Não tenho problema em dizer que, afinal, já não são esses."
Pedido de indemnização da Somague: "Isso deve preocupar tanto os sportinguistas como se amanhã faz sol ou chuva. Tem a sua relevância, mas não altera o nosso dia-a-dia. É uma situação comum criar confusão à volta dos assuntos. Havia a palavra dada por todos. O Sporting vai fazer o pavilhão e esta situação não vai atrapalhar a sua construção. Já fechámos o contrato com a outra empresa. Vai haver alteração de datas, temos de pedir novos licenciamentos, alterar projetos de licenciamento e a primeira data está dependente de entidades externas. Prevemos que algo que devia ser inaugurado em dezembro de 2016, vai ser inaugurado em março de 2017. A nossa previsão aponta para uma derrapagem de três meses, o que não alegra a direção nem os sportinguistas. Pergunto o que está por detrás de uma obra de 7,2 milhões de euros ser colocada em causa por 200 ou 300 mil euros".