Corpo do artigo
O ex-assessor jurídico do Benfica Paulo Gonçalves foi condenado a dois anos e seis meses de pena suspensa por corrupção no julgamento do processo E-toupeira. O advogado Tiago Rodrigues Bastos confirmou a condenação de Paulo Gonçalves, salientando que o tribunal apenas validou a acusação do crime de corrupção entre os 50 crimes que lhe eram imputados.
Paulo Gonçalves, antigo assessor jurídico da SAD do Benfica, estava acusado de seis crimes de violação do segredo de justiça, 21 de violação de segredo por funcionário, nove de acesso indevido, nove de violação do dever de sigilo, em coautoria, além de um crime de corrupção ativa, dois de acesso indevido e dois de violação do dever de sigilo.
Confrontado com a decisão do tribunal, Paulo Gonçalves, contactado por O JOGO, diz não aceitar condenação por corrupção.
"Respeito a Justiça e não coloco em causa a seriedade com que tenta fazer o seu trabalho. Ainda que tenha sido absolvido de 49 crimes, não posso aceitar a minha condenação por corrupção. Por isso vou recorrer. Vivemos numa sociedade em que tudo se percepciona facilmente como crime. Digo e reitero que simpatia e cortesia não são corrupção", afirmou a JOGO.
O caso E-toupeira remonta a 2018, quando o MP acusou o antigo assessor jurídico do Benfica Paulo Gonçalves, os funcionários judiciais José Augusto Silva e Júlio Loureiro e a SAD do Benfica de vários crimes. Contudo, em dezembro desse ano, a decisão instrutória acabou por não pronunciar para julgamento a SAD encarnada.
15884212
15879091