O avançado ganhou uma nova vida com Rúben Amorim, tendo chegado aos 100 golos na carreira no triunfo frente ao Sporting. Paulinho é também o jogador que mais remata de cabeça na Europa...
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O futebol é um jogo coletivo, mas a diferença entre o sucesso e o insucesso está quase sempre ligado à qualidade individual dos jogadores.
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O Braga venceu o FC Porto, qualificou-se cinco dias depois para a final da Taça da Liga com um grande triunfo frente ao Sporting, mas ambos os jogos tiveram um denominador comum: Paulinho. O avançado marcou os dois golos decisivos (já tinha feito o mesmo no triunfo sobre o Tondela...), ainda que essa nem seja a única curiosidade escondida nos momentos de festa.
É que Paulinho garantiu os dois últimos triunfos nas alturas, com golos de cabeça, num gesto que se está a tornar numa das suas imagens de marca. O bracarense é mesmo o jogador com mais remates de cabeça por jogo nos seis principais campeonatos europeus (1,53 a cada 90 minutos), numa lista onde segue à frente de Luuk de Jong (Sevilha) ou Seferovic (Benfica).
Paulinho é, no entanto, bem mais do que um jogador forte no jogo aéreo, como sublinhou Rúben Amorim no final do jogo com o Sporting, quando fez questão de lhe destacar a "inteligência" e ainda a eficácia que garante nos "apoios frontais", decisivos para o sucesso deste novo modelo do Braga.
Na meia-final da Taça da Liga, o avançado chegou ainda aos cem golos na carreira, garantiu o 17.º remate certeiro da época (igualou o melhor registo em Braga) e está cada vez mais próximo do seu objetivo pessoal: chegar às duas dezenas.
Por tudo isto, o avançado acalenta a esperança de ser brevemente chamado por Fernando Santos, mesmo que reconheça a grande competitividade que existe no ataque da Seleção Nacional. Certo é que, em ano de recordes, adensa-se a cobiça de vários clubes por Paulinho (o Sporting, por exemplo, já o tentou contratar várias vezes, sempre sem sucesso...), ainda que António Salvador não esteja na disposição de abrir mão do seu goleador durante este mês, a não ser, claro, pelo valor da cláusula de rescisão, que ultrapassa os 20 milhões de euros.