Pau Víctor, o bis ao Real Madrid e a saída do Barcelona: "Hansi Flick disse que estaria atento"
Avançado do Braga falou da sua passagem pelo Barcelona, dos momentos de euforia e de desilusão nos blaugrana
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Pau Víctor, avançado do Braga, concedeu entrevista ao programa "Què t'hi Jugues!" da Cadena SER da Catalunha na qual recorda episódios marcantes da sua passagem pelo Barcelona, lamentando, porém, a falta de minutos que levou à sua saída dos blaugrana.
O bis ao Real Madrid ficará para sempre na sua memória: "Quando marquei dois golos contra o Real Madrid na pré-temporada, isso mudou um pouco a minha vida. Foi o primeiro dia em que pensei: o que estou a fazer?"
E se esse momento é uma boa recordação, a eliminação na meia-final da Champions contra o Inter levou-o às lágrimas: "Muito forte. Foi muito difícil. Quando o Raphinha marcou, pensámos que já estávamos na final e depois de tantos anos como adepto... Eu vivi a última final nas bancadas. Fui ao estádio em Berlim. E poder viver isso no relvado, não sei se terei novamente a possibilidade de estar tão perto de viver a final da Champions. Foi muito difícil. Se alguém chorou? A pergunta seria se alguém não chorou, na verdade. Foi muito difícil. Acho que todos, em algum momento, derramaram algumas lágrimas."
O avançado espanhol recordou ainda o momento em que deixou os catalães: "Estou muito, muito grato ao Hansi Flick. É verdade que um jogador é sempre ambicioso e acho que, em diferentes momentos, eu poderia ter tido mais minutos. Mas essa decisão era dele e, no final, acho que a temporada não foi má e também não posso reprovar nada. Estou muito contente com ele, sempre foi muito atencioso comigo quando eu não jogava. Ele vinha animar-me, dizer-me para continuar assim, que estava a fazer as coisas bem e para ficar tranquilo. No dia antes de partir, fui falar com ele, e ele disse-me que estaria muito atento a mim, que lamentava a minha situação, porque era um jogador que ele apreciava muito, mas, bem, no final, devido às circunstâncias, não foi como eu gostaria, mas aproveitei ao máximo. Não tenho nenhum sentimento de reprovação, muito pelo contrário. Voltar? Obviamente, nada está descartado. Não penso nisso, penso em aproveitar aqui e crescer ao máximo e depois veremos onde a vida me levará."
Por último, foi questionado sobre o talento "incrível" de Lamine Yamal e as críticas ao seu estilo de vida fora de campo. "Se ele queria, não se podia fazer nada. Era sentar-te e assistir, porque quando ele recebia a bola, se quisesse ir para cima de quatro, ia e marcava. Ele é diferente dos outros. O estilo de vida? O bom do Lamine Yamal é que ele não dá muita atenção às críticas. Ele concentra-se em si mesmo. E se lhe dizem para não fazer uma coisa, talvez ele faça ainda mais para que lhe digam mais coisas. Acho que isso não o afeta. Eu também acho que não o afeta. As pessoas vão querer desestabilizá-lo porque, bem, é uma das maneiras que têm de tentar pará-lo. E eu acho que faz muito bem em não lhe dar ouvidos às críticas, porque, no final de contas, como ele está a ter rendimento, que faça o que quiser fora de campo", completou.