Partir pedra por Bruno: reunião para acertar aumento salarial e um entrave negocial
Reunião entre Frederico Varandas e o agente Miguel Pinho no pós-Seleção para acertar aumento salarial.
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Frederico Varandas, presidente do Sporting, e Miguel Pinho, empresário de Bruno Fernandes, sabe O JOGO, vão reunir-se após o duplo compromisso da Seleção Nacional - frente à Sérvia e Lituânia - para discutir, em conjunto com o capitão leonino, os termos de um novo contrato que deverá ser rubricado na sequência da melhoria contratual prometida pelo dirigente máximo dos leões.
Porém, as negociações, de acordo com as informações recolhidas pelo nosso jornal, não se afiguram fáceis, apesar do entendimento do presidente leonino quanto ao "alinhamento total" entre Sporting, agente e jogador. Desde logo, a vertente financeira é a grande condicionante para os dirigentes leoninos, que apontam para que Bruno Fernandes passe a auferir um vencimento anual líquido na ordem dos 1,7 a 1,8 milhões de euros (M€) por temporada, representando assim um encargo anual para a SAD, incluindo, claro, a componente fiscal, entre os 3,4 M€ e 3,6 M€.
Ora, Bruno Fernandes aufere atualmente 1,3 M€ livres de impostos (2,6 M€ brutos), recebeu uma proposta salarial do Tottenham que apontava para os 3,5 M€ líquidos por ano e, naturalmente, apurou O JOGO, tem a expectativa que, mesmo conhecendo os constrangimentos financeiros da sociedade que gere o futebol profissional, de auferir valores próximos dos 2,1 M€ a 2,2 M€ limpos por época.
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Outra das questões que irá suscitar debate centra-se no prolongamento por mais um ano, ou não, do vínculo laboral existente atualmente, que termina, recorde-se, no final da temporada 2022/23, com o Sporting a apontar para essa condição, assim como o desejo de aumento da cláusula de rescisão, neste momento fixada nos 100 M€. Aqui, os dirigentes leoninos, sabe o nosso jornal, vão encontrar resistência, sobressaindo este como mais um foco de tensão entre as partes, natural neste tipo de processos.
Cláusula de 5 M€ a liquidar é entrave negocial
O pagamento de 5 M€ ao agente Miguel Pinho pela recusa de uma proposta superior a 35 M€ no último defeso por parte do Sporting será provavelmente, a par do vencimento de Bruno Fernandes, um dos pontos centrais das negociações entre Frederico Varandas e Miguel Pinho.
O contrato celebrado entre as partes, Sporting e agente, quando Sousa Cintra liderava a SAD no defeso atribulado de 2018, estabelecida que mediante a apresentação de uma proposta formal e a recusa da mesma para a transferência de Bruno Fernandes, o Sporting teria de indemnizar Miguel Pinho em 5 M€.
Pois bem, o Tottenham surgiu em Alvalade com uma oferta séria, mas não formal, segundo o Sporting, de 45 M€ e mais 20 M€ em variáveis - caso os spurs vencessem a Premier League ou a Liga dos Campeões -, daí que os dirigentes leoninos garantam, como deu conta Frederico Varandas na entrevista concedida ao canal do clube, anteontem, que os ditos 5 M€ "não vão ser pagos", visão distinta tem o agente Miguel Pinho, juntamente com Jorge Mendes e a Base Soccer - que representava o Tottenham -, apresentaram a pouco mais de 24 horas do fecho da janela de transferências uma derradeira "oferta", como O JOGO oportunamente deu conta, de 60 M€, com um acréscimo de mais 10 M€ em variáveis.