Paços de Ferreira e Braga foram ilibados de processos de racismo
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O Paços de Ferreira foi absolvido da prática de comportamentos discriminatórios para com jogadores do Estoril, constantes no processo disciplinar instaurado ao clube, confirmou hoje em comunicado o emblema da I Liga de futebol.
Num único parágrafo, a direção pacense recorda que tinha sido instaurado um procedimento disciplinar e consequente dedução de acusação pela Comissão de Instrutores (CI) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional por alegado comportamento racista dos adeptos contra jogadores do Estoril-Praia, durante o jogo realizado a 29 de outubro do ano passado.
Nuno Almeida, árbitro desse encontro ganho pelos pacenses (1-0), na estreia de Petit, que entretanto deixou o clube, terá incluído no seu relatório factos que podiam consubstanciar a prática de comportamento discriminatório quanto a jogadores da equipa adversária, os quais seriam validados pela CI, após inquirição das partes (árbitro, elementos do Paços e os jogadores do Estoril Lucas Abner e Victor Andrade) e analisadas as imagens do jogo.
A provarem-se esses indícios de violação do artigo 113.º do Regulamento Disciplinar da Liga - Comportamentos discriminatórios em função da raça, religião ou ideologia -, o Paços incorria numa pena de um a três jogos à porta fechada, algo que não veio a confirmar-se após recurso do clube pacense.
"A Direção do FC Paços de Ferreira vem comunicar aos seus sócios e adeptos que (...) foi hoje notificado da sua absolvição, tendo merecido acolhimento unânime do Conselho de Disciplina da FPF para o qual recorreu, os argumentos do nosso clube e o reconhecimento de que o FC Paços de Ferreira é e sempre será frontalmente contra qualquer tipo de ato discriminatório em função da raça, religião ou ideologia ou contra qualquer outro que ofenda, seja de que forma for, a dignidade humana", pode ler-se.
O comunicado agora tornado público pela formação pacense termina dizendo que "no amarelo do Paços cabem todas as cores", por isso, "diz não ao racismo".