"Ou esteve um responsável de segurança no balneário ou estas testemunhas têm de ir presas"
Advogado de Bruno de Carvalho, Miguel Fonseca, falou após a sessão do julgamento do ataque à Academia, realizada esta segunda-feira.
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Versões distintas: "Há demasiadas testemunhas que têm de levar com processos-crime em cima. Quero concretizar que ou esteve um responsável de segurança no balneário naquele dia ou estas testemunhas que temos estado a ouvir têm todas de ir presas, porque as duas coisas não são verdade. Tenho uma testemunha que é paga para ser responsável por segurança, que me diz sob-juramento que está num determinado sítio quando está a acontecer um determinado evento. As outras testemunhas todas, que estiveram no mesmo sítio, ninguém o viu. Isto é objetivo. Não vou tirar nenhuma conclusão daqui. Objetivamente, as duas versões não podem ser verdade".
Momento de tensão não pode impedir que algumas testemunhas não tenham tudo tão presente na memória? "Todas da mesma coisa acho difícil. É óbvio que a memória está sempre a pregar-nos rasteiras, mas todas exatamente em relação à mesma coisa é impossível".
Não há imagens de Ricardo Gonçalves no balneário? "Não, não há. Não há imagens do que aconteceu lá dentro. Imagine-se que ate houve quem tivesse arranjado a narrativa de que alguém partiu um botão de alarme para fazer soar um alarme, quando toda a gente que vem a seguir diz que o alarme soa quando a tocha é acesa dentro do balneário, o que é óbvio porque é para isso que serve o detetor de fumo. É impossível estarem todos a falar verdade. O que eu noto é que há um que tem uma versão e depois os outros todos que têm uma versão completamente diferente. Ricardo Gonçalves tem uma versão. É completamente diferente dos outros todos que estiveram no mesmo local, no mesmo dia, na mesma hora".
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