Otávio e Eustáquio embalaram para o sonho e chegam ao Mundial no melhor momento
Otávio e Eustáquio rumam ao Mundial do Catar em topo de forma, depois de vários jogos a renderem golos. O camisola 25 somou cinco assistências nos últimos seis encontros, enquanto Stephen, convocado ontem pelo Canadá, teve uma sequência impressionante depois da expulsão com o Benfica.
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O FC Porto chegou à pausa do campeonato com dois jogadores em topo de forma, uma dupla de baixinhos que não poderia fazer as malas rumo ao Mundial do Catar com mais confiança do que aquela que amealhou nas últimas semanas: Otávio e Stephen Eustáquio. O primeiro vai representar Portugal e o segundo recebeu ontem a mais do que esperada chamada para o Canadá, numa lista onde se inclui outro nome de raízes portuguesas, o central Steven Vitória, do Chaves.
Porventura, os dragões desejariam que o Mundial viesse mais tarde, para continuarem a lucrar com o alto rendimento de Otávio e Eustáquio. Nesta época, há muito que deixaram clara a sua importância, habitual no caso do camisola 25, mas as últimas semanas mostraram uma dupla especialmente inspirada. Nos derradeiros seis encontros antes da pausa, Otávio somou cinco assistências: em dose dupla com Brugge e Boavista e, pelo meio, outra frente ao Mafra, justamente para Stephen.
Foi o regresso à grande forma do dínamo, cuja influência nos dragões extravasa em muito as ações diretas para golo. Já no caso do luso-canadiano, se a expulsão em 27 minutos com o Benfica foi impactante, até porque os encarnados venceram o clássico, a resposta não poderia ter sido mais contundente. Nos cinco jogos que se seguiram, o 46 portista apontou quatro golos e assistiu para dois. Marcou a Brugge, Atlético de Madrid, Mafra (também deu a marcar) e Boavista, e assistiu diante do Paços de Ferreira, no único desafio desta série em que não atirou a contar.
Uma sequência que também é reflexo de força mental e que, somado ao que já tinha registado, faz de Eustáquio o mais influente entre os médios centro do campeonato, com seis contribuições para golo.
É legítimo afirmar que, aos 25 anos, o luso-canadiano está na sua melhor fase de sempre: olhando a todas as provas, já marcou tantas vezes esta época (cinco) como em toda a carreira. E a outra mão cheia de assistências supera as três que somara até 2022/23.
Assim, se o FC Porto se vê forçado a dizer até já a Otávio e Eustáquio, também torce para que o bom momento se prolongue no Mundial do Catar, reforçando a vertente anímica dos jogadores e valorizando-os no maior palco de todos.