Reavaliação confirmou o problema no joelho esquerdo do brasileiro, mas sem a gravidade que aparentava. Período de tratamento iniciado ontem. Atacante evita cirurgia, mas pára sensivelmente um mês. Interrupção da liga permite recuperação tranquila e atenua os efeitos da ausência. Jogo com o Vizela (Taça da Liga) é hipótese para o regresso.
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Nem todas as notícias que resultaram da lesão sofrida por Evanilson no dérbi com o Boavista foram más para o jogador e para o FC Porto.
A reavaliação realizada ontem confirmou o diagnóstico inicial, que apontava para uma entorse no joelho esquerdo, mas num grau inferior ao que as imagens do movimento realizando pela perna do atacante fariam supor.
Ao que O JOGO apurou, o problema não afetou os ligamentos, influenciando positivamente o tratamento e o período de recuperação. O brasileiro evita a cirurgia e precisará de sensivelmente um mês para voltar a competir. O processo terapêutico começou já ontem, pelo que deverá ficar concluído a tempo do jogo da última jornada da fase de grupos da Taça da Liga, a 16 de dezembro, com o Vizela.
A interrupção do campeonato para a realização do Campeonato do Mundo de seleções, de resto, acaba por atenuar um pouco os efeitos negativos da ausência de Evanilson no FC Porto. Os dragões só voltam a jogar para a principal competição nacional a 28 de dezembro, com o Arouca, e até lá o segundo melhor marcador da equipa em 2022/23, com oito golos, deverá estar mais do que apto para jogar. Pelo meio, falhará os jogos da Taça da Liga com o Mafra (casa), a 25 de novembro, e com o Chaves (fora), a 8 de dezembro, abrindo caminho à utilização de Toni Martínez e Danny Namaso, as restantes opções que Sérgio Conceição tem no plantel para a frente de ataque.
A entorse no joelho esquerdo, refira-se, é a primeira lesão relativamente grave que Evanilson enfrenta desde que chegou ao FC Porto, em setembro de 2020. O problema surgiu numa altura de algum fulgor para o atacante, que nos últimos quatro jogos (incluindo o de anteontem) havia marcado ou assistido em três - só ficou em branco com o Mafra. Com isso, cimentou-se como o segundo jogador com mais participações em golo (13) do plantel, atrás somente de Taremi (18). Aliás, com a oferta que realizou no Bessa para Marcano abrir caminho à goleada (4-1) dos azuis e brancos, o jogador de 23 anos já igualou o máximo da época passada (5), que é também o melhor registo da carreira.
Sete dias de repouso para quem fica e autorização para sair do país
O calendário do Mundial forçou a paragem dos campeonatos um pouco por toda a Europa e deu aos jogadores que não foram requisitados para a competição a oportunidade de desfrutarem de um período de descanso fora do comum nesta fase da época. No caso do FC Porto, o regresso ao trabalho está marcado apenas para a próxima segunda-feira, dia 21, quatro dias antes do jogo com o Mafra, para a Taça da Liga. Por isso, alguns jogadores aproveitaram as mini-férias para realizar algumas viagens, inclusive para fora do país. Cláudio Ramos, por exemplo, já se encontra por Itália com a família.