Decisivo contra Hernâni na Taça da Liga e diante de Fernando no Jamor, o brasileiro aplica-se para o dérbi de domingo. Castigos máximos são especialidade e o guarda-redes coloca todos os cenários no treino
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Num único ano de Sporting, Renan passou a versar no manual verde e branco com... penáltis. Neste caso, penáltis defendidos.
Saída dos batedores Jonas, Salvio e João Félix propuseram ao guardião horas extra de estudo, principalmente com Raúl De Tomás
Na final da Taça da Liga, em janeiro, e na de Portugal, em maio, parou, na decisão dos 11 metros, os pontapés de Hernâni e Fernando, respetivamente, assumindo um papel decisivo para uma época de franco sucesso em Alvalade; agora, e na antecâmara do dérbi contra o Benfica, os castigos máximos estão de novo no guia do guarda-redes, caso o leão precise de um herói... já fora de horas.
Com a saída dos habituais batedores das águias, Jonas, Salvio e também João Félix, sobrou Pizzi como um dos especialistas, juntando-se ao internacional português o espanhol Raúl de Tomás. Sabe O JOGO que o camisola 1 do Sporting tem, durante toda esta pré-temporada, estudado a forma como os atletas encarnados batem os penáltis, nomeadamente através do suporte de vídeo e complementando o trabalho no relvado, com a ajuda do técnico de guarda-redes Nélson Pereira.
"Gosto de chegar perfeito para todas as ações. Felizmente ajudei em dois títulos"
Nada, contudo, que fuja ao seu habitual, uma vez que é de forma constante que Renan estuda os seus adversários, pois também durante o jogo corrido podem acontecer situações de castigo máximo.
"Faço um trabalho sério durante a semana para chegar aos jogos e estar tranquilo. Gosto de chegar perfeito para todas as ações. Felizmente ajudei em dois títulos", explicou a O JOGO, numa entrevista exclusiva ao nosso jornal publicada a 30 de maio, pouco depois de o Sporting ter conquistado a 17.ª prova rainha.
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Ritual de há muitos anos
Para quem não conhecia Renan, o guarda-redes, hoje com 29 anos, há muito que trabalha a especialidade em defender o que muitos consideram uma das situações de golo mais fáceis no futebol. O ritual, e desde o Atlético de Mineiro, passando pelo São Paulo e ainda pelo Estoril, não mudou: enquanto o adversário prepara a bola para a disparar a seguir, o brasileiro bebe água... e aproveita para trocar algumas palavras com quem está naquela zona, sejam eles repórteres de pista, fotógrafos ou os miúdos que têm como missão colocar a bola nas mãos dos artistas.
Muitas vezes, sabe o nosso jornal, Renan vira-se e diz: "Vou defender!". Costuma acertar e sublinha-o em voz alta tantas foram as horas a preparar aqueles momentos decisivos. Na Supertaça, diante do Benfica e se o leão precisar, o camisola 1 tem os atiradores dos encarnados controlados e estudados.
O "vício" passado aos mais novos
Quando Renan trabalha no relvado situações de penálti, não o faz sem a companhia dos seus colegas de baliza: esta época, Luís Maximiano e Diogo Sousa (com o brasileiro na fotografia após a conquista da Taça de Portugal) já experimentaram evoluir nesta questão e o camisola 81 até parou um castigo máximo no embate diante do St. Gallen, no início da pré-época. Os mais jovens querem beber da experiência do camisola 1.
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