O JOGO conta-lhe os contornos do negócio mais surpreendente do mercado português.
Corpo do artigo
Ao início da noite de ontem, o Braga oficializou a transferência de Pedro Neto e Bruno Jordão para a Lázio, dando nota dos "empréstimos" dos jogadores "válidos por duas temporadas e com cláusulas de compra obrigatórias". Ao mesmo tempo, o clube italiano fazia o mesmo através dos seus canais oficiais, ainda que também nunca tenha referido os valores envolvidos no negócio, que, sabe O JOGO, terá um valor global de 25,5 milhões de euros. Mas, afinal, quais são as razões para este empréstimo de dois anos? Segundo fonte do Braga, esta foi a forma da Lázio contornar a questão do fair-play financeiro com que se depararia na eventualidade de contratar já os dois jogadores.
Os dois jogadores vão ser emprestados à Lázio durante os próximos dois anos (por 11,5 milhões de euros...), mas regressam a Braga se o clube italiano descer de divisão. Neto foi avaliado em 17 milhões..
Apesar disso, o Braga garantiu, para os próximos dois anos, a entrada de 11,5 milhões de euros com o empréstimo dos dois jogadores, dos quais 7,5 milhões são referente a Pedro Neto (cinco milhões no primeiro ano, 2,5 no segundo) e quatro a Bruno Jordão (2,5 agora e mais 1,5 na próxima temporada). No final dessa época, entra em vigor a cláusula de compra obrigatória que tem, no entanto, uma condição imposta pelo clube italiana: a de que a Lázio não tenha descido de divisão para a Série B. Se isso acontecer - o que é de todo improvável, tendo em conta o passado recente do clube -, os jogadores regressariam a Braga, que, entretanto, já tinha garantido 11,5 milhões de euros. Mas, se tudo correr dentro da normalidade, e a cláusula de compra for acionada, a Lázio pagará mais 9,5 milhões de euros por Pedro Neto e mais 4,5 por Bruno Jordão. No final, e feitas as contas, o jovem extremo custará 17 milhões de euros ao clube italiano, enquanto o médio de 18 anos garantirá 8,5 milhões de euros aos cofres da SAD do Braga.